Nestlé vê espaço para crescer no país e mantém investimentos
"Temos visto aumento de um dígito das vendas, o que é bom dentro do contexto", disse o vice-presidente executivo do grupo para as Américas, Laurent Freixe
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2015 às 16h06.
São Paulo - As vendas da Nestlé têm crescido no ritmo anual de um dígito no Brasil nos últimos trimestres, resultado que a empresa considera positivo diante da fraqueza da economia, disse à Reuters o vice-presidente executivo do grupo para as Américas, Laurent Freixe, acrescentando que vê potencial para melhora no médio e longo prazos.
"Temos visto aumento de um dígito das vendas, o que é bom dentro do contexto", disse Freixe. "É difícil fazer previsões. Mas acho que haverá um período de ajustes" na economia, declarou.
Ele evitou dar números precisos sobre o desempenho da operação brasileira. No primeiro semestre, segundo balanço da empresa, o faturamento da Nestlé nas Américas cresceu 6,6 por cento, num desempenho melhor que o resultado global que mostrou avanço de 4,5 por cento apoiado em reajustes de preços.
"A economia permanecerá pressionada, mas, no médio e longo prazos, há potencial (de crescimento)", completou. O Brasil é o quarto maior mercado da Nestlé, depois de Estados Unidos , China e França .
Segundo Freixe, o mercado brasileiro está passando pelo mesmo fenômeno verificado na Europa durante a crise de 2009, quando houve maior demanda por produtos premium e também pelos mais baratos.
A crise, segundo o executivo, afeta mais os produtos intermediários, uma vez que os consumidores valorizam mais a relação entre custo e benefício.
Entre os exemplos de produtos premium da Nestlé estão o café em cápsulas Nescafé Dolce Gusto e a água Perrier. Entre os mais baratos estão o macarrão Maggi ou a linha de produtos lácteos Ideal. Já os intermediários incluem o achocolatado Nescau e biscoitos Passatempo.
"É interessante ver que algumas das nossas marcas mais bem sucedidas são marcas premium. É contraintuitivo mas, na crise, as pessoas buscam valor", declarou.
De acordo com Freixe, na América Latina os mercados da Nestlé mais afetados pela desaceleração econômica são as economias mais dependentes de commodities, como é o caso do Brasil e da Venezuela. Segundo ele, na comparação regional, o mercado colombiano tem tido desempenho melhor.
Sobre investimentos no Brasil, Freixe declarou sem citar valores que "nada muda", apesar da entrada do país em situação de recessão técnica no segundo trimestre, uma vez que a companhia mira o longo prazo.
"Acreditamos no potencial do país no médio e longo prazos, então, estamos mantendo nossos planos", disse o executivo.
Ele citou como exemplo a construção de uma nova fábrica da farmacêutica Galderma, subsidiária da Nestlé Skin Health, em Hortolândia (SP), e fábrica do Nescafé Dolce Gusto em Montes Claros (MG), com investimentos de cerca de 200 milhões de reais cada.
A empresa também tem investido em um programa de treinamento de jovens por meio do qual pretende contratar ao menos 4 mil pessoas nos próximos três anos, promovendo treinamento de outros 3 mil. A Nestlé tem atualmente 23 mil funcionários diretos no Brasil, onde tem 31 fábricas.
São Paulo - As vendas da Nestlé têm crescido no ritmo anual de um dígito no Brasil nos últimos trimestres, resultado que a empresa considera positivo diante da fraqueza da economia, disse à Reuters o vice-presidente executivo do grupo para as Américas, Laurent Freixe, acrescentando que vê potencial para melhora no médio e longo prazos.
"Temos visto aumento de um dígito das vendas, o que é bom dentro do contexto", disse Freixe. "É difícil fazer previsões. Mas acho que haverá um período de ajustes" na economia, declarou.
Ele evitou dar números precisos sobre o desempenho da operação brasileira. No primeiro semestre, segundo balanço da empresa, o faturamento da Nestlé nas Américas cresceu 6,6 por cento, num desempenho melhor que o resultado global que mostrou avanço de 4,5 por cento apoiado em reajustes de preços.
"A economia permanecerá pressionada, mas, no médio e longo prazos, há potencial (de crescimento)", completou. O Brasil é o quarto maior mercado da Nestlé, depois de Estados Unidos , China e França .
Segundo Freixe, o mercado brasileiro está passando pelo mesmo fenômeno verificado na Europa durante a crise de 2009, quando houve maior demanda por produtos premium e também pelos mais baratos.
A crise, segundo o executivo, afeta mais os produtos intermediários, uma vez que os consumidores valorizam mais a relação entre custo e benefício.
Entre os exemplos de produtos premium da Nestlé estão o café em cápsulas Nescafé Dolce Gusto e a água Perrier. Entre os mais baratos estão o macarrão Maggi ou a linha de produtos lácteos Ideal. Já os intermediários incluem o achocolatado Nescau e biscoitos Passatempo.
"É interessante ver que algumas das nossas marcas mais bem sucedidas são marcas premium. É contraintuitivo mas, na crise, as pessoas buscam valor", declarou.
De acordo com Freixe, na América Latina os mercados da Nestlé mais afetados pela desaceleração econômica são as economias mais dependentes de commodities, como é o caso do Brasil e da Venezuela. Segundo ele, na comparação regional, o mercado colombiano tem tido desempenho melhor.
Sobre investimentos no Brasil, Freixe declarou sem citar valores que "nada muda", apesar da entrada do país em situação de recessão técnica no segundo trimestre, uma vez que a companhia mira o longo prazo.
"Acreditamos no potencial do país no médio e longo prazos, então, estamos mantendo nossos planos", disse o executivo.
Ele citou como exemplo a construção de uma nova fábrica da farmacêutica Galderma, subsidiária da Nestlé Skin Health, em Hortolândia (SP), e fábrica do Nescafé Dolce Gusto em Montes Claros (MG), com investimentos de cerca de 200 milhões de reais cada.
A empresa também tem investido em um programa de treinamento de jovens por meio do qual pretende contratar ao menos 4 mil pessoas nos próximos três anos, promovendo treinamento de outros 3 mil. A Nestlé tem atualmente 23 mil funcionários diretos no Brasil, onde tem 31 fábricas.