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Nestlé prevê investimentos de até R$ 500 mi para 2011

Ivan Zurita confirmou a abertura de uma nova fábrica de bebidas no Rio de Janeiro com aportes entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões

No primeiro semestre deste ano, o faturamento da Nestlé somou R$ 4,5 bilhões (.)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - O presidente da Nestlé, Ivan Zurita, disse hoje que a companhia realizará investimentos entre R$ 450 milhões e R$ 500 milhões no Brasil em 2011. O montante será destinado a ampliações e construções de fábricas, tecnologia, inovações e não inclui aportes em aquisições.

"Nosso objetivo é sempre crescer o dobro do PIB (Produto Interno Bruto) a cada ano e queremos duplicar a companhia em cinco anos. Para 2010, pretendemos incrementar nosso faturamento em cerca de 12%", afirmou o executivo em entrevista à imprensa realizada hoje na sede da companhia.

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Em 2009, as vendas da empresa chegaram a R$ 16 bilhões. No primeiro semestre deste ano, o faturamento da Nestlé somou R$ 4,5 bilhões, alta de 11,5% ante o mesmo período de 2009. Hoje, segundo Zurita, o Brasil é o país onde a Nestlé mais cresce em sua presença no mundo.

O executivo também confirmou a abertura de uma nova fábrica de bebidas no Rio de Janeiro, a segunda no Estado, com aportes entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões. "Ainda não decidimos o local da fábrica, que vai ser basicamente de bebidas líquidas de leite. Estamos mapeando o Estado para encontrar uma região adequada tanto em termos de captação da matéria-prima quanto em capacitação profissional. Em mais ou menos uma semana teremos reunião com a Secretaria de Desenvolvimento do Estado para decidir a localização e imediatamente começar a construção", afirmou.

Atualmente, a Nestlé possui 30 unidades fabris e a nova fábrica no Rio de Janeiro está em linha com a estratégia de descentralização da produção que a empresa está realizando no País. "Além disso, o Rio de Janeiro é um grande consumidor de bebidas do Brasil e a descentralização nos traz custo de logística mais acessível", disse o presidente da Nestlé. O executivo também anunciou que fará ainda neste ano uma ampliação da fábrica do município de Ibiá (MG).

Sobre novas aquisições, Zurita afirmou que estão analisando as oportunidades de mercado, mas que, principalmente no setor de lácteos, "não existe muita coisa que está compatível com a nossa preferência em tecnologia e qualidade".

Com relação às eleições, Zurita não quis citar o candidato de sua preferência, mas disse que independente de quem assumir a Presidência da República, o principal desafio para o novo governante é a reforma fiscal. "Os encargos brasileiros são muito altos e não é só no setor de alimentação", declarou. No ano passado, de acordo com o executivo, a Nestlé pagou R$ 4 bilhões em impostos no País.

Café

Hoje a companhia anunciou o lançamento de bebidas frias para a linha Nescafé Dolce Gusto, que passa a oferecer cápsulas de cappuccino e chá Nestea de pêssego a partir desse mês. Os pacotes (displays) com 16 cápsulas, fabricadas na Suíça e importadas para o Brasil, custarão R$ 19,90.

Além disso, apresentou a nova máquina de café expresso da linha, a Nescafé Dolce Gusto Circolo, a segunda a ser lançada pela companhia, que será vendida por R$ 649. O novo equipamento é fabricado na China e a manutenção e distribuição no Brasil são realizadas pela Arno.

"Todas são apostas para o período de Natal que coincide com o nosso verão. Nesse segmento, nossa meta é vender mais 30% somente no final do ano", disse a diretora da unidade de cafés da Nestlé Brasil, Lilian Miranda.

A Nestlé possui 62% de participação no mercado de café solúvel e de máquinas, com faturamento previsto para 2010 de R$ 450 milhões a R$ 500 milhões, sendo R$ 100 milhões na linha Nescafé. A primeira máquina de café, a Melody, foi lançada em fevereiro de 2009, e oito meses depois, passou a ser líder no segmento.

O abastecimento da matéria-prima é feito principalmente com produtores e cooperativas de café de Varginha (MG), Guaxupé (MG) e Espírito Santo. Segundo cálculos de Zurita, a Nestlé compra aproximadamente 1,5 milhão de sacas de café por ano no Brasil.

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