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MMX revisa outros projetos após desistir de mina no Chile

Projetos como Pau de Vinho e Bom Sucesso, por exemplo, fazem parte de um plano de revisão que está sendo conduzido, afirmou o presidente da empresa, Carlos Gonzalez

MMX: a desistência do projeto no Chile foi anunciada na semana passada, o que resultou em uma baixa contábil de 224 milhões de reais no balanço. (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2013 às 15h41.

Rio de Janeiro - A MMX , mineradora do empresário Eike Batista, está revendo projetos com o objetivo de enxugar investimentos e otimizar recursos, afirmou o principal executivo da companhia nesta terça-feira.

Projetos como Pau de Vinho e Bom Sucesso, em Minas Gerais, por exemplo, fazem parte de um plano de revisão que está sendo conduzido, afirmou o presidente da empresa, Carlos Gonzalez, durante uma teleconferência com investidores.

Ao contrário de um projeto de minério no Chile que foi suspenso pela MMX na semana passada, os outros dois projetos citados devem ser mantidos, pois já estão próximos ao sistema logística e podem compartilhar infraestrutura já instalada e em andamento para o principal projeto, que é a expansão de Serra Azul com a logística do Porto do Sudeste.

"O que estamos revisando é questão da capacidade, reduzindo investimento", disse o executivo, acrescentando que deve concluir o estudo de revisão dos projetos em 90 dias.

A desistência do projeto no Chile foi anunciada na semana passada, o que resultou em uma baixa contábil de 224 milhões de reais no balanço.

A prioridade da MMX é entregar o Porto do Sudeste, no Estado do Rio de Janeiro, até o final do ano.

"Nosso foco está na entrega do porto, na melhoria da nossa performance operacional agora, e em nos consolidarmos como operadores portuários, prestando serviço até para outros concorrentes como a Usiminas... também podendo usar o porto como alavanca de negócio para participar do mercado interno", disse.


O executivo disse que estuda a possibilidade de participar do mercado de pequenos e médios produtores de minério do Quadrilátero Ferrífero, numa produção atual da ordem de 23 a 25 milhões de toneladas de minério anuais.

"Às vezes esse minerador não quer participar do mercado externo, então pra ele é uma vantagem competitiva ter comprador lá dentro, e ele está satisfeito com as margens ... Mas por nós termos o porto ... grande alavanca na questão logística, temos por obrigação maximizar o valor do porto participando desse mercado", afirmou, sinalizando a possibilidade de comprar minério.

A empresa aguarda um esperado financiamento do BNDES para o projeto Serra Azul, integrado ao Porto do Sudeste, mas esbarra na limitação de uma licença para a barragem, informou o executivo.

A MMX anunciou na segunda-feira um prejuízo líquido de 351,25 milhões de reais no quarto trimestre de 2012, ante lucro de 82,73 milhões de reais no mesmo período do ano anterior.

No ano de 2012, a MMX apresentou prejuízo líquido de 795,7 milhões de reais, ante prejuízo líquido de 2,2 milhões de reais em 2011.

A receita líquida com as vendas de minério somou no quarto trimestre 197,8 milhões de reais, baixa de 29 por cento na comparação como o mesmo período de 2011.

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Rio de Janeiro - A MMX , mineradora do empresário Eike Batista, está revendo projetos com o objetivo de enxugar investimentos e otimizar recursos, afirmou o principal executivo da companhia nesta terça-feira.

Projetos como Pau de Vinho e Bom Sucesso, em Minas Gerais, por exemplo, fazem parte de um plano de revisão que está sendo conduzido, afirmou o presidente da empresa, Carlos Gonzalez, durante uma teleconferência com investidores.

Ao contrário de um projeto de minério no Chile que foi suspenso pela MMX na semana passada, os outros dois projetos citados devem ser mantidos, pois já estão próximos ao sistema logística e podem compartilhar infraestrutura já instalada e em andamento para o principal projeto, que é a expansão de Serra Azul com a logística do Porto do Sudeste.

"O que estamos revisando é questão da capacidade, reduzindo investimento", disse o executivo, acrescentando que deve concluir o estudo de revisão dos projetos em 90 dias.

A desistência do projeto no Chile foi anunciada na semana passada, o que resultou em uma baixa contábil de 224 milhões de reais no balanço.

A prioridade da MMX é entregar o Porto do Sudeste, no Estado do Rio de Janeiro, até o final do ano.

"Nosso foco está na entrega do porto, na melhoria da nossa performance operacional agora, e em nos consolidarmos como operadores portuários, prestando serviço até para outros concorrentes como a Usiminas... também podendo usar o porto como alavanca de negócio para participar do mercado interno", disse.


O executivo disse que estuda a possibilidade de participar do mercado de pequenos e médios produtores de minério do Quadrilátero Ferrífero, numa produção atual da ordem de 23 a 25 milhões de toneladas de minério anuais.

"Às vezes esse minerador não quer participar do mercado externo, então pra ele é uma vantagem competitiva ter comprador lá dentro, e ele está satisfeito com as margens ... Mas por nós termos o porto ... grande alavanca na questão logística, temos por obrigação maximizar o valor do porto participando desse mercado", afirmou, sinalizando a possibilidade de comprar minério.

A empresa aguarda um esperado financiamento do BNDES para o projeto Serra Azul, integrado ao Porto do Sudeste, mas esbarra na limitação de uma licença para a barragem, informou o executivo.

A MMX anunciou na segunda-feira um prejuízo líquido de 351,25 milhões de reais no quarto trimestre de 2012, ante lucro de 82,73 milhões de reais no mesmo período do ano anterior.

No ano de 2012, a MMX apresentou prejuízo líquido de 795,7 milhões de reais, ante prejuízo líquido de 2,2 milhões de reais em 2011.

A receita líquida com as vendas de minério somou no quarto trimestre 197,8 milhões de reais, baixa de 29 por cento na comparação como o mesmo período de 2011.

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