Minerva foca no Uruguai e Paraguai após operação com BRF
Segundo presidente da companhia, acordo com a BRF marcou o encerramento do seu ciclo de aquisições no Brasil
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2013 às 15h03.
São Paulo - A Minerva Foods volta agora seu foco para aquisições em países vizinhos na América do Sul, como Uruguai e Paraguai, onde já atua, após recente acordo em bovinos com a BRF , disse nesta segunda-feira o presidente da empresa.
"Uruguai e Paraguai continuam a ser 'targets' de curto prazo, e a Colômbia de longo prazo", disse Fernando Galletti Queiroz durante conferência com analistas para comentar o negócio com a BRF, anunciado na sexta-feira.
A Minerva tem duas unidades no Paraguai e uma no Uruguai. Segundo ele, o acordo com a BRF marcou o encerramento do seu ciclo de aquisições no Brasil.
Em 2009, a empresa concluiu os investimentos em "greenfield", e a partir daí focou em aquisições estratégicas internamente. Agora busca alternativas de investimento em países da América do Sul, segundo o presidente.
Eventuais aquisições deverão ser votadas também pela BRF, que após a operação passa a ter importante participação na empresa. Com o acordo, a BRF ficará com 15,2 por cento das ações da Minerva.
"Pelo acordo de acionistas, a BRF passa a ter voto afirmativo... Então, qualquer aquisição necessitará do voto afirmativo da BRF", disse o diretor financeiro Edison Ticle, que também participou da conferência nesta segunda-feira.
As unidades adquiridas da BRF foram em Mato Grosso, dono do maior rebanho do país, no qual a Minerva ainda não estava presente. Com a entrada destas unidades da BRF, haverá um acréscimo de 23 por cento no volume de carne produzido pela Minerva.
A Minerva, terceira em produção de carne bovina no Brasil, deverá agregar um faturamento líquido anual de pelo menos 1,2 bilhão de reais.
A operação será concluída após aval do órgão antitruste, o Cade. Questionado pelos analistas sobre se já existiria um acordo comercial entre as duas empresas na área de distribuição, o presidente da Minerva informou que isso ainda está em estudo.
"Nós não temos nada finalizado ou acordo comercial, mas sim um grupo que está estudando e olhando as alternativas para ver tudo que podemos extrair no máximo de valor da operação", afirmou Galletti Queiroz. "Existe uma agenda, mas nada formalizado." A operação foi considerada "estrategicamente e financeiramente positiva", disseram analistas do Bradesco em relatório ao mercado. O banco elevou sua classificação para a empresa para "market perform" (em linha com esperado pelo mercado), versus a anterior "underperform" (abaixo da performance do mercado).
"Na sexta, BRF e Minerva Foods anunciaram uma transação simples que parece boa para todos os acionistas", disseram os analistas da J.P.Morgan. Segundo eles, a união de forças entre as duas companhias é alerta para concorrentes do setor.
As ações da Minerva Foods operavam com alta de quase 6 por cento às 12h49, enquanto a BRF tinha ganho de 0,25 por cento. O Ibovespa subia 0,58 por cento no mesmo momento.
São Paulo - A Minerva Foods volta agora seu foco para aquisições em países vizinhos na América do Sul, como Uruguai e Paraguai, onde já atua, após recente acordo em bovinos com a BRF , disse nesta segunda-feira o presidente da empresa.
"Uruguai e Paraguai continuam a ser 'targets' de curto prazo, e a Colômbia de longo prazo", disse Fernando Galletti Queiroz durante conferência com analistas para comentar o negócio com a BRF, anunciado na sexta-feira.
A Minerva tem duas unidades no Paraguai e uma no Uruguai. Segundo ele, o acordo com a BRF marcou o encerramento do seu ciclo de aquisições no Brasil.
Em 2009, a empresa concluiu os investimentos em "greenfield", e a partir daí focou em aquisições estratégicas internamente. Agora busca alternativas de investimento em países da América do Sul, segundo o presidente.
Eventuais aquisições deverão ser votadas também pela BRF, que após a operação passa a ter importante participação na empresa. Com o acordo, a BRF ficará com 15,2 por cento das ações da Minerva.
"Pelo acordo de acionistas, a BRF passa a ter voto afirmativo... Então, qualquer aquisição necessitará do voto afirmativo da BRF", disse o diretor financeiro Edison Ticle, que também participou da conferência nesta segunda-feira.
As unidades adquiridas da BRF foram em Mato Grosso, dono do maior rebanho do país, no qual a Minerva ainda não estava presente. Com a entrada destas unidades da BRF, haverá um acréscimo de 23 por cento no volume de carne produzido pela Minerva.
A Minerva, terceira em produção de carne bovina no Brasil, deverá agregar um faturamento líquido anual de pelo menos 1,2 bilhão de reais.
A operação será concluída após aval do órgão antitruste, o Cade. Questionado pelos analistas sobre se já existiria um acordo comercial entre as duas empresas na área de distribuição, o presidente da Minerva informou que isso ainda está em estudo.
"Nós não temos nada finalizado ou acordo comercial, mas sim um grupo que está estudando e olhando as alternativas para ver tudo que podemos extrair no máximo de valor da operação", afirmou Galletti Queiroz. "Existe uma agenda, mas nada formalizado." A operação foi considerada "estrategicamente e financeiramente positiva", disseram analistas do Bradesco em relatório ao mercado. O banco elevou sua classificação para a empresa para "market perform" (em linha com esperado pelo mercado), versus a anterior "underperform" (abaixo da performance do mercado).
"Na sexta, BRF e Minerva Foods anunciaram uma transação simples que parece boa para todos os acionistas", disseram os analistas da J.P.Morgan. Segundo eles, a união de forças entre as duas companhias é alerta para concorrentes do setor.
As ações da Minerva Foods operavam com alta de quase 6 por cento às 12h49, enquanto a BRF tinha ganho de 0,25 por cento. O Ibovespa subia 0,58 por cento no mesmo momento.