Metalúrgicos da GM farão campanha contra demissões
Trabalhadores aprovaram realização de campanha nacional e internacional pela estabilidade no emprego, com pedidos de audiências junto às três esferas de governo
Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 14h54.
São Paulo - Os operários da linha de montagem do Classic do complexo industrial da General Motors ( GM ) de São José dos Campos (SP) se reuniram em assembleia na manhã desta segunda-feira, 30, para definir uma estratégia para reivindicar a suspensão das demissões anunciadas pela montadora no último final de semana.
Reunidos por volta das 10h no Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, os trabalhadores aprovaram a realização de uma campanha nacional e internacional pela estabilidade no emprego, com pedidos de audiências junto às três esferas de governo. Além disso, o sindicato irá enviar um manifesto ao Salão internacional do Automóvel, que acontece em janeiro em Detroit, nos Estados Unidos.
Durante toda a segunda-feira, o sindicato está recebendo e orientando os trabalhadores que chegam ao local. Será preparada e encaminhada uma ação à Justiça do Trabalho pedindo a suspensão das demissões. Uma nova assembleia com os demitidos está marcada para o dia 8 de janeiro, às 10h, também na sede do sindicato.
Os trabalhadores foram informados por telegrama, no último final de semana, de que o contrato de trabalho terminaria no dia 31 de dezembro. A maior parte dos funcionários da linha de montagem do Classic já estava em período de licença remunerada.
O sindicato ainda aguarda que a GM informe exatamente o número de demitidos e os setores envolvidos e afirma que "sequer foi comunicado pela empresa sobre as demissões". De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, na assembleia de hoje compareceram trabalhadores em situação de estabilidade por conta de lesão ou proximidade da aposentadoria que também foram demitidos. Para estes casos, o sindicato irá procurar o Ministério Público.
Em nota, a montadora reiterou que, conforme acordo trabalhista firmado em janeiro com o sindicato, encerraria as atividades da linha de montagem de veículos no final de dezembro.
Em agosto, após negociações com o sindicato, a GM recuou da decisão tomada no início do mesmo mês e decidiu retomar a produção do Classic na cidade até o final do ano, bem como decidiu estender o PDV até setembro.
Do total de 750 trabalhadores do setor de Montagem de Veículos Automotores (MVA), o sindicato estima que 304 já haviam aderido ao programa de demissão voluntária (PDV), que se encerrou em setembro.
"Exigimos a intervenção da presidente Dilma neste caso, já que a GM foi uma das grandes beneficiadas pelos incentivos fiscais dados pelo governo, como, por exemplo, a redução de IPI", diz nota do sindicato.
A montadora alega que desde 2008 negociou com o sindicato aprovação de novos projetos para a planta de São José dos Campos, sem sucesso. A produção de outros modelos, como os veículos Meriva e Zafira, já foi descontinuada na unidade no ano passado. O complexo industrial da cidade, contudo, continuará funcionando, com a produção da picape S10 e do Trailblazer, além de motores e peças.
São Paulo - Os operários da linha de montagem do Classic do complexo industrial da General Motors ( GM ) de São José dos Campos (SP) se reuniram em assembleia na manhã desta segunda-feira, 30, para definir uma estratégia para reivindicar a suspensão das demissões anunciadas pela montadora no último final de semana.
Reunidos por volta das 10h no Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, os trabalhadores aprovaram a realização de uma campanha nacional e internacional pela estabilidade no emprego, com pedidos de audiências junto às três esferas de governo. Além disso, o sindicato irá enviar um manifesto ao Salão internacional do Automóvel, que acontece em janeiro em Detroit, nos Estados Unidos.
Durante toda a segunda-feira, o sindicato está recebendo e orientando os trabalhadores que chegam ao local. Será preparada e encaminhada uma ação à Justiça do Trabalho pedindo a suspensão das demissões. Uma nova assembleia com os demitidos está marcada para o dia 8 de janeiro, às 10h, também na sede do sindicato.
Os trabalhadores foram informados por telegrama, no último final de semana, de que o contrato de trabalho terminaria no dia 31 de dezembro. A maior parte dos funcionários da linha de montagem do Classic já estava em período de licença remunerada.
O sindicato ainda aguarda que a GM informe exatamente o número de demitidos e os setores envolvidos e afirma que "sequer foi comunicado pela empresa sobre as demissões". De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, na assembleia de hoje compareceram trabalhadores em situação de estabilidade por conta de lesão ou proximidade da aposentadoria que também foram demitidos. Para estes casos, o sindicato irá procurar o Ministério Público.
Em nota, a montadora reiterou que, conforme acordo trabalhista firmado em janeiro com o sindicato, encerraria as atividades da linha de montagem de veículos no final de dezembro.
Em agosto, após negociações com o sindicato, a GM recuou da decisão tomada no início do mesmo mês e decidiu retomar a produção do Classic na cidade até o final do ano, bem como decidiu estender o PDV até setembro.
Do total de 750 trabalhadores do setor de Montagem de Veículos Automotores (MVA), o sindicato estima que 304 já haviam aderido ao programa de demissão voluntária (PDV), que se encerrou em setembro.
"Exigimos a intervenção da presidente Dilma neste caso, já que a GM foi uma das grandes beneficiadas pelos incentivos fiscais dados pelo governo, como, por exemplo, a redução de IPI", diz nota do sindicato.
A montadora alega que desde 2008 negociou com o sindicato aprovação de novos projetos para a planta de São José dos Campos, sem sucesso. A produção de outros modelos, como os veículos Meriva e Zafira, já foi descontinuada na unidade no ano passado. O complexo industrial da cidade, contudo, continuará funcionando, com a produção da picape S10 e do Trailblazer, além de motores e peças.