Carro da Peugeot: grupo conseguiu lucrar mesmo na crise (Peugeot/Divulgação)
Juliana Estigarribia
Publicado em 28 de julho de 2020 às 12h28.
As vendas globais de veículos despencaram na pandemia, mas a francesa PSA, dona de marcas como Peugeot e Citroën, conseguiu se manter lucrativa no primeiro semestre. O grupo reportou um lucro líquido consolidado de 376 milhões de euros de janeiro a junho, segundo balanço divulgado nesta terça-feira, 28.
Embora no mesmo período de 2019 o grupo tenha registrado lucro de 2 bilhões de euros, o resultado deste ano surpreende diante do tamanho do tombo sofrido pela indústria automotiva global.
A montadora atribuiu o resultado alcançado a um mix positivo de produtos e redução de custos. "Este resultado mostra a resiliência do grupo", disse Carlos Tavares, presidente do conselho de admnistração da PSA, em relatório de resultados financeiros.
As vendas globais de veículos do grupo caíram 46% no primeiro semestre de 2020, com uma queda de 47% na Europa, 62% na China e 46% na América Latina. Diante desse desempenho, a receita líquida recuou 35%, para 25 bilhões de euros.
Para 2020, o grupo projeta queda de 25% do mercado automotivo na Europa, 30% na Rússia e América Latina e 10% na China.
O grupo informa que a Citroën, uma das marcas do grupo, "continua na ofensiva de vendas online" e grandes lançamentos no segundo semestre de 2020, incluindo a renovação do sucesso de vendas C3. Já a Peugeot se mantém na trajetória de eletrificação do portfólio.
A PSA está em processo de fusão com a Fiat Chrysler Automobiles. Neste mês, os grupos anunciaram o nome da nova empresa resultante da união dos negócios. "Estamos determinados a obter uma recuperação sólida no segundo semestre do ano, enquanto finalizamos o nascimento da Stellantis antes do final do primeiro trimestre de 2021", disse Tavares no relatório.