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Marfrig irá fabricar álcool em gel no interior de SP

O primeiro lote será distribuído para as 12 unidades da companhia no Brasil e os lotes seguintes serão destinados aos colaboradores e instituições de saúde

Marfrig e álcool em gel: A unidade de Promissão também tem operações de abate e desossa (Paulo Whitaker/Reuters)

Karin Salomão

Publicado em 23 de março de 2020 às 20h00.

Última atualização em 26 de março de 2020 às 12h52.

A fabricante de alimentos Marfrig passará a produzir álcool em gel em uma fábrica em Promissão, interior de São Paulo, para distribuir em suas fábricas e para instituições de saúde próximas. Com a pandemia do coronavírus, o produto usado na higienização é um dos mais requisitados por empresas e consumidores.

A unidade de Promissão também tem operações de abate e desossa. Já havia uma fábrica de sabão e álcool em gel, produtos usados nas operações internas do frigorífico, mas que por razões econômicas estava desativada há cerca de um ano.

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O primeiro lote será distribuído para as 12 unidades da companhia instaladas no Brasil. Os lotes seguintes serão destinados aos 18.000 colaboradores da Marfrig no país e doados para instituições assistenciais e hospitais localizados nas cidades nas quais a companhia atua.

“Entendemos que, na atual situação, era importante reativar essa unidade”, disse Miguel Gularte, diretor-presidente da Marfrig em entrevista à EXAME.

Nas últimas semanas, o álcool em gel, produto importante para a higienização e prevenção ao coronavírus, desapareceu de prateleiras de supermercados e farmácias. Empresas restringiram as compras por consumidor.

O grupo LVHM, da marca de luxo Louis Vuitton, e a fabricante de cervejas Ambev também passaram a fabricar o produto. "Até para empresas o fornecimento de álcool em gel está difícil", afirmou o diretor da Marfrig.

Todas as 14 plantas da Marfrig Global Foods, no Brasil, nos Estados Unidos, na Argentina, no Uruguai e no Chile, continuam em operação para abastecer o mercado interno brasileiro e mais de 100 países.

A empresa intensificou os cuidados com os 30 mil funcionários nas fábricas, como uma frequência maior de limpeza de superfícies e monitoramento da temperatura de todos os funcionários. Colaboradores em grupo de risco foram afastados ou estão trabalhando em home office.

A empresa anunciou ainda a doação de 7,5 milhões de reais para o Ministério da Saúde. O valor será destinado à compra de 100 mil testes rápidos para diagnosticar o novo coronavírus.

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