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Magazine Luiza tem seu pior resultado - mas acredita ser passageiro

Até o quarto trimestre, empresa espera reduzir despesas e integrar redes adquiridas com a finalidade de voltar a ter lucro

Luiza Trajano, do Magazine Luiza: desafio de integração está sendo maior no Nordeste (Divulgação)

Tatiana Vaz

Publicado em 15 de maio de 2012 às 13h04.

São Paulo – O Magazine Luiza apresentou resultado ainda pior de janeiro a março deste ano. A receita bruta da companhia, de 2,1 bilhão de reais, caiu 6% em relação aos 2,2 apresentados em dezembro – comparando o primeiro trimestre deste ano com 2011, o crescimento foi de 25,66%. O lucro não caiu, despencou: foi de 12,3 milhões de reais, de janeiro a março de 2011, ao prejuízo de 40,7 milhões no mesmo período deste ano.

O motivo é simples do ponto de vista estratégico. Comprar uma empresa requer cuidado dobrado da gestão com o aumento das despesas e integração operacional e paciência maior dos investidores, cuja expectativa é que os resultados apareçam o quanto antes. A compra de duas redes grandes feitas nos últimos dois anos pelo Magazine Luiza, Lojas do Baú e Maia, tem impactado o desempenho da empresa como um todo. Por isso a pressa da rede em explicar que esses resultados desastrosos são temporários.

“Tivemos muitas despesas extraordinárias, mas elas devem ser menores até o último trimestre, quando as redes adquiridas estarão totalmente integradas às nossas operações”, afirmou Marcelo Silva, CEO do Magazine Luiza. “Nosso foco é o compromisso de apresentarmos resultados melhores até lá e crescermos mais a partir dai.”

A companhia teve despesas extraordinárias de 33,5 milhões de reais de janeiro a março - 20,3 milhões com lojas Magazine Luiza e Lojas do Baú e outros 13 milhões de reais apenas com a integração das Lojas Maia. Os recursos foram alocados para abertura de novas lojas, redução de quadro administrativo e adequação de sistemas das redes adquiridas.

“Trabalhamos hoje com um projeto de racionalização das despesas, que terá impacto em todas as áreas”, diz Silva. A maior parte das despesas extraordinárias da companhia está concentrada em vendas, em operação de lojas. “Nosso trabalho de redução de custos já teve resultado positivo em março, por isso acreditamos que a tendência é melhorar já no próximo trimestre”, afirma o executivo.

Desafio no Nordeste

Nas Lojas do Baú, as equipes já estão treinadas, as vendas já melhoraram desde a aquisição da rede e as lojas já estão integradas. Cinco unidades da rede paulista foram fechadas pela companhia acreditar que essas não agregariam à estratégia comercial. Toda integração sistêmica com a rede foi concluída no final de fevereiro. “Agora começamos o processo de maturação, que leva cerca de três anos, e também a captura de sinergias”, diz Silva.

O desafio maior está sendo com as Lojas Maia. “As lojas do Baú estavam geograficamente em regiões semelhantes às nossas, abastecidas por fornecedores semelhantes, por isso foi a integração está sendo mais simples”, diz Marcelo.


Com a incorporação societária em 30 de abril, a companhia acredita que os resultados da adquirida no Nordeste poderão ser apresentados juntos aos do Magazine a partir do segundo trimestre. Até lá, o esforço é fazer com que a margem da rede no Nordeste siga o mesmo patamar das demais unidades da rede na região Sul e Sudeste.

Uma das iniciativas nesse sentido é a adequação do mix das Lojas Maia ao do Magazine Luiza. No início deste ano, a rede promoveu uma “Liquidação Fantástica” com o intuito de escoar itens que não farão mais parte do portfólio – para se ter ideia, 50% dos itens vendidos na rede nordestina era de móveis, enquanto no Magazine Luiza a porcentagem não passa de 30%.

“Estamos entendendo as peculiaridades dos consumidores do Nordeste, os aspectos tributários da região e uma série de outras nuances próprias de lá, novas para nós”, afirma o CEO. Na região, as unidades concentradas em Pernambuco, Alagoas e Ceará já foram convertidas. Este ano, o trabalho será feito na capital baiana.

No total, a companhia investiu 43 milhões de reais de janeiro a março na abertura de sete lojas (quatro convencionais no Nordeste e outras três lojas virtuais no Paraná) e na finalização da expansão do centro de distribuição da companhia em Louveira, interior paulista. De março do ano passado até março deste ano, 126 lojas foram abertas – no total, a empresa conta hoje com 623 lojas físicas, aumento de 12,6% no período, 106 lojas virtuais e o site.

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São Paulo – O Magazine Luiza apresentou resultado ainda pior de janeiro a março deste ano. A receita bruta da companhia, de 2,1 bilhão de reais, caiu 6% em relação aos 2,2 apresentados em dezembro – comparando o primeiro trimestre deste ano com 2011, o crescimento foi de 25,66%. O lucro não caiu, despencou: foi de 12,3 milhões de reais, de janeiro a março de 2011, ao prejuízo de 40,7 milhões no mesmo período deste ano.

O motivo é simples do ponto de vista estratégico. Comprar uma empresa requer cuidado dobrado da gestão com o aumento das despesas e integração operacional e paciência maior dos investidores, cuja expectativa é que os resultados apareçam o quanto antes. A compra de duas redes grandes feitas nos últimos dois anos pelo Magazine Luiza, Lojas do Baú e Maia, tem impactado o desempenho da empresa como um todo. Por isso a pressa da rede em explicar que esses resultados desastrosos são temporários.

“Tivemos muitas despesas extraordinárias, mas elas devem ser menores até o último trimestre, quando as redes adquiridas estarão totalmente integradas às nossas operações”, afirmou Marcelo Silva, CEO do Magazine Luiza. “Nosso foco é o compromisso de apresentarmos resultados melhores até lá e crescermos mais a partir dai.”

A companhia teve despesas extraordinárias de 33,5 milhões de reais de janeiro a março - 20,3 milhões com lojas Magazine Luiza e Lojas do Baú e outros 13 milhões de reais apenas com a integração das Lojas Maia. Os recursos foram alocados para abertura de novas lojas, redução de quadro administrativo e adequação de sistemas das redes adquiridas.

“Trabalhamos hoje com um projeto de racionalização das despesas, que terá impacto em todas as áreas”, diz Silva. A maior parte das despesas extraordinárias da companhia está concentrada em vendas, em operação de lojas. “Nosso trabalho de redução de custos já teve resultado positivo em março, por isso acreditamos que a tendência é melhorar já no próximo trimestre”, afirma o executivo.

Desafio no Nordeste

Nas Lojas do Baú, as equipes já estão treinadas, as vendas já melhoraram desde a aquisição da rede e as lojas já estão integradas. Cinco unidades da rede paulista foram fechadas pela companhia acreditar que essas não agregariam à estratégia comercial. Toda integração sistêmica com a rede foi concluída no final de fevereiro. “Agora começamos o processo de maturação, que leva cerca de três anos, e também a captura de sinergias”, diz Silva.

O desafio maior está sendo com as Lojas Maia. “As lojas do Baú estavam geograficamente em regiões semelhantes às nossas, abastecidas por fornecedores semelhantes, por isso foi a integração está sendo mais simples”, diz Marcelo.


Com a incorporação societária em 30 de abril, a companhia acredita que os resultados da adquirida no Nordeste poderão ser apresentados juntos aos do Magazine a partir do segundo trimestre. Até lá, o esforço é fazer com que a margem da rede no Nordeste siga o mesmo patamar das demais unidades da rede na região Sul e Sudeste.

Uma das iniciativas nesse sentido é a adequação do mix das Lojas Maia ao do Magazine Luiza. No início deste ano, a rede promoveu uma “Liquidação Fantástica” com o intuito de escoar itens que não farão mais parte do portfólio – para se ter ideia, 50% dos itens vendidos na rede nordestina era de móveis, enquanto no Magazine Luiza a porcentagem não passa de 30%.

“Estamos entendendo as peculiaridades dos consumidores do Nordeste, os aspectos tributários da região e uma série de outras nuances próprias de lá, novas para nós”, afirma o CEO. Na região, as unidades concentradas em Pernambuco, Alagoas e Ceará já foram convertidas. Este ano, o trabalho será feito na capital baiana.

No total, a companhia investiu 43 milhões de reais de janeiro a março na abertura de sete lojas (quatro convencionais no Nordeste e outras três lojas virtuais no Paraná) e na finalização da expansão do centro de distribuição da companhia em Louveira, interior paulista. De março do ano passado até março deste ano, 126 lojas foram abertas – no total, a empresa conta hoje com 623 lojas físicas, aumento de 12,6% no período, 106 lojas virtuais e o site.

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