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Má conduta dos maiores bancos já soma conta de US$ 235 bi

Instituições pagaram multas e indenizações nos últimos sete anos por uma série de delitos que marcaram o setor e estão atrasando sua reabilitação

Notas de dólar: a conta pelos delitos deve crescer em mais dezenas de bilhões de dólares (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2015 às 11h10.

Londres - Vinte dos maiores bancos do mundo pagaram mais de 235 bilhões de dólares em multas e indenizações nos últimos sete anos por uma série de delitos que marcaram o setor e estão atrasando sua reabilitação.

A escala dos desembolsos, equivalente à economia anual da Grécia ou Portugal, tem dificultado os esforços dos bancos para reconstituir seu capital, reduzido dividendos para investidores e diminuído o montante que as empresas são capazes de emprestar.

A conta pelos delitos deve crescer em mais dezenas de bilhões de dólares, e muitos políticos, reguladores e analistas do setor dizem que é preciso fazer mais para deter más condutas.

"Algumas coisas mudaram, mas ficaria pessimista sobre a perspectiva de uma mudança completa na cultura sem que mais medidas sejam adotadas", disse o reitor da escola de negócios da Universidade de Warwick, Mark Taylor.

Taylor, um ex-operador de mercados cambiais e consultor do Banco da Inglaterra para sua análise de mercados justos e efetivos, disse que os bônus são grandes demais, a ameaça de prisão para quem for pego cometendo crimes é pouca e os chefes não são responsabilizados.

"O problema é que os incentivos para trapacear nos mercados é enorme. Se você puder alterar uma taxa em questão de frações você pode conseguir milhões e milhões de dólares para o seu banco e então em bônus", afirmou.

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A conta pelos delitos deve crescer em mais dezenas de bilhões de dólares, e muitos políticos, reguladores e analistas do setor dizem que é preciso fazer mais para deter más condutas.

"Algumas coisas mudaram, mas ficaria pessimista sobre a perspectiva de uma mudança completa na cultura sem que mais medidas sejam adotadas", disse o reitor da escola de negócios da Universidade de Warwick, Mark Taylor.

Taylor, um ex-operador de mercados cambiais e consultor do Banco da Inglaterra para sua análise de mercados justos e efetivos, disse que os bônus são grandes demais, a ameaça de prisão para quem for pego cometendo crimes é pouca e os chefes não são responsabilizados.

"O problema é que os incentivos para trapacear nos mercados é enorme. Se você puder alterar uma taxa em questão de frações você pode conseguir milhões e milhões de dólares para o seu banco e então em bônus", afirmou.

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