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Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2012 às 15h06.
A British Petroleum (BP), uma das maiores empresas de energia do mundo, anunciou nesta quinta-feira que vai investir em biocombustíveis no Brasil. A companhia planeja comprar 50% da Tropical Bio Energia S/A, uma joint-venture entre a usina Santelisa Vale e o Grupo Maeda, que investe em agronegócio e é um dos maiores produtores de algodão do mundo. A Tropical vai construir uma usina com capacidade para produzir 435 milhões de litros de etanol por ano em Edéia (GO).
Com o fechamento do negócio, que deve acontecer até junho, o capital da Tropical será dividido entre BP (50%), Santelisa (25%) e Maeda (25%). Juntas as empresas planejam também construir uma segunda usina de etanol no Brasil. As duas unidades vão exigir um investimento total de 1,66 bilhões de reais. A BP vai pagar 100 milhões de reais pela participação de 50% na Tropical e arcará também com a metade dos investimentos que serão realizados pela empresa.
"Este investimento é o maior já feito por uma empresa internacional de petróleo na indústria brasileira de etanol e representa um passo significativo na estratégia da BP que acredita em matérias-primas sustentáveis que não impactem o fornecimento de alimentos e ainda possibilitem pesquisas e desenvolvimento para obter biocombustíveis cada vez mais avançados", comenta o presidente da BP Biofuels, Phil New.
A joint-venture estará focada na plantação de cana-de-açúcar e na produção e venda de etanol convencional e incluirá os ativos agrícolas e plantas de co-geração de energia a partir do bagaço. As operações na primeira indústria deverão começar no segundo semestre de 2008, atingindo sua capacidade total em meados de 2010. A empresa poderá suprir a demanda do mercado brasileiro e exportar para EUA, Europa e Ásia.
Além de desenvolver biocombustíveis sustentáveis, as unidades produtivas poderão vender eletricidade excedente. Cada refinaria poderá exportar pelo menos 30 MW de energia das unidades integradas de co-geração a partir do bagaço de cana. As unidades oferecerão uma plataforma para a implantação de tecnologias que estão em desenvolvimento, tais como lignocelulose e biobutanol.