São Paulo - A Klabin, maior fabricante de papéis do Brasil, registrou no primeiro trimestre de 2010 lucro líquido de 30,7 milhões de reais, crescimento de 6,22 por cento em relação aos 28,9 milhões do mesmo período do ano passado.

A companhia reverte ainda o prejuízo de 185 milhões de reais registrados no quarto trimestre de 2009 por conta do efeito não recorrente da adesão ao Programa de Parcelamento Fiscal (Refis).

O resultado da Klabin ficou abaixo das estimativas de seis analistas ouvidos pela Reuters. A média das previsões dava conta de um lucro líquido de 37,6 milhões, valor 22,5 por cento superior ao divulgado pela companhia.

A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 242 milhões de reais, avanço de 34,4 por cento antes os 180 milhões dos primeiros três meses do ano passado. Em comparação ao quarto trimestre, a alta é de 10,5 por cento.

Ao contrário do lucro líquido, o Ebitda da Klabin ficou acima das estimativas dos analistas, que esperavam, em média, que o número fosse de 226,4 milhões de reais.

A margem Ebitda, afirma a companhia, foi de 29 por cento no primeiro trimestre, contra 25 por cento no mesmo período de 2009 e 27 por cento nos três últimos meses do ano passado.

A receita líquida da Klabin, por sua vez, foi de 844 milhões de reais, crescendo 16,9 por cento na comparação anual e 4,8 por cento na trimestral. O resultado ficou pouco acima das expectativas dos analistas consultados pela Reuters.

O volume de vendas no período entre janeiro e março, sem incluir madeira, foi de 433 mil toneladas, 22 por cento superior ao primeiro trimestre de 2009 e estável ante o quarto trimestre.

O volume de vendas de cartões representou 38 por cento das vendas totais de papéis, ante 35 por cento no primeiro trimestre do ano passado.

Em 31 de março de 2010, o endividamento líquido da Klabin era de 2,425 bilhões de reais, redução de 1,33 bilhão em relação a março de 2009 e de 144 milhões de reais comparado com dezembro.