Lucro da MRV recua no 4º tri e fica abaixo das estimativas
De outubro a dezembro, a companhia mineira teve lucro líquido de 115 milhões de reais, queda de 44,9 por cento sobre o resultado um ano antes
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2013 às 09h04.
Rio de Janeiro - O lucro da construtora e incorporadora MRV Engenharia recuou fortemente no quarto trimestre, pressionado por vendas menores, ficando abaixo das projeções de analistas.
De outubro a dezembro, a companhia mineira teve lucro líquido de 115 milhões de reais, queda de 44,9 por cento sobre o resultado um ano antes, segundo dados divulgados nesta quinta-feira.
O resultado ficou abaixo da expectativa média de analistas obtidas pela Reuters, que apontava para um lucro de 152,5 milhões de reais.
No fechado de 2012, o lucro recuou 30,6 por cento, a 528 milhões de reais. "O ano começou com uma expectativa de crescimento econômico muito maior do que efetivamente aconteceu (...), com as vendas ficando um pouco abaixo do que a gente tinha imaginado no início do ano", disse à Reuters o vice-presidente financeiro da MRV, Leonardo Corrêa.
O executivo também mencionou que a atualização dos parâmetros do programa "Minha Casa, Minha Viva", no início de outubro aconteceram um pouco mais tarde do que o esperado, pressionando também os resultados.
No ano passado, a MRV não cumpriu a estimativa de vendas traçada para 2012 -- de 4,5 bilhões a 5,5 bilhões de reais.
A construtora e incorporadora mineira teve vendas de 4 bilhões de reais, queda de 7 por cento ante 2011. Já os lançamentos da companhia somaram 3,43 bilhões de reais em 2012, queda de 26 por cento.
A receita líquida trimestral da empresa ficou em 1,023 bilhão de reais, queda de 12,5 por cento na comparação anual. No acumulado do ano, porém, a receita líquida foi de 4,266 bilhões de reais, 6,2 por cento maior do que no ano anterior.
Entre outubro e de dezembro, o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 171 milhões de reais, recuo de 40,5 por cento na comparação anual e também abaixo das previsões. No ano, o indicador caiu 22,3 por cento, a 812 milhões de reais.
Perspectivas
Para 2013, Corrêa espera um volume de vendas parecido com o do ano passado, e um volume de lançamentos percentualmente maior do que as vendas. "E receitas um pouco maiores do que as de 2012", acrescentou.
Pela primeira vez desde que a empresa fez sua estreia na bolsa, em 2007, a MRV optou por não fazer uma divulgação das metas para o ano.
"A gente está vendo como política mais adequada para a gestão do negócio não ter o 'guidance'. (...) Acaba nos levando a um esforço maior para cumpri-lo, e aí você eventualmente, no curto prazo, pode ter tomar medidas que não podem ser as melhores pensando no longo prazo", afirmou Corrêa.
Segundo o executivo, a companhia já atingiu um nível de maturidade em relação a unidades construídas, cidades onde pretende ter operações e em relação ao tamanho da força de produção para construção.
"A gente já está num processo bastante maduro, o que a gente vai ver agora para a frente é uma geração de caixa e uma consistência maior dos resultados", disse o executivo.
Em dezembro, uma das filiais da MRV foi incluída no cadastro do Ministério do Trabalho de empresas que submeteram empregados a condições análogas às de trabalho escravo. O nome foi retirado no final de janeiro. Antes disso, em agosto, a MRV já havia tido dois projetos incluídos na lista do Ministério do Trabalho.
Nas duas ocasiões, a Caixa Econômica Federal anunciou a suspensão de novos financiamentos para a companhia.
Segundo Corrêa, isso não teve impacto na condução do negócios. "Não atrapalhou em nada as operações", afirmou.
Rio de Janeiro - O lucro da construtora e incorporadora MRV Engenharia recuou fortemente no quarto trimestre, pressionado por vendas menores, ficando abaixo das projeções de analistas.
De outubro a dezembro, a companhia mineira teve lucro líquido de 115 milhões de reais, queda de 44,9 por cento sobre o resultado um ano antes, segundo dados divulgados nesta quinta-feira.
O resultado ficou abaixo da expectativa média de analistas obtidas pela Reuters, que apontava para um lucro de 152,5 milhões de reais.
No fechado de 2012, o lucro recuou 30,6 por cento, a 528 milhões de reais. "O ano começou com uma expectativa de crescimento econômico muito maior do que efetivamente aconteceu (...), com as vendas ficando um pouco abaixo do que a gente tinha imaginado no início do ano", disse à Reuters o vice-presidente financeiro da MRV, Leonardo Corrêa.
O executivo também mencionou que a atualização dos parâmetros do programa "Minha Casa, Minha Viva", no início de outubro aconteceram um pouco mais tarde do que o esperado, pressionando também os resultados.
No ano passado, a MRV não cumpriu a estimativa de vendas traçada para 2012 -- de 4,5 bilhões a 5,5 bilhões de reais.
A construtora e incorporadora mineira teve vendas de 4 bilhões de reais, queda de 7 por cento ante 2011. Já os lançamentos da companhia somaram 3,43 bilhões de reais em 2012, queda de 26 por cento.
A receita líquida trimestral da empresa ficou em 1,023 bilhão de reais, queda de 12,5 por cento na comparação anual. No acumulado do ano, porém, a receita líquida foi de 4,266 bilhões de reais, 6,2 por cento maior do que no ano anterior.
Entre outubro e de dezembro, o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 171 milhões de reais, recuo de 40,5 por cento na comparação anual e também abaixo das previsões. No ano, o indicador caiu 22,3 por cento, a 812 milhões de reais.
Perspectivas
Para 2013, Corrêa espera um volume de vendas parecido com o do ano passado, e um volume de lançamentos percentualmente maior do que as vendas. "E receitas um pouco maiores do que as de 2012", acrescentou.
Pela primeira vez desde que a empresa fez sua estreia na bolsa, em 2007, a MRV optou por não fazer uma divulgação das metas para o ano.
"A gente está vendo como política mais adequada para a gestão do negócio não ter o 'guidance'. (...) Acaba nos levando a um esforço maior para cumpri-lo, e aí você eventualmente, no curto prazo, pode ter tomar medidas que não podem ser as melhores pensando no longo prazo", afirmou Corrêa.
Segundo o executivo, a companhia já atingiu um nível de maturidade em relação a unidades construídas, cidades onde pretende ter operações e em relação ao tamanho da força de produção para construção.
"A gente já está num processo bastante maduro, o que a gente vai ver agora para a frente é uma geração de caixa e uma consistência maior dos resultados", disse o executivo.
Em dezembro, uma das filiais da MRV foi incluída no cadastro do Ministério do Trabalho de empresas que submeteram empregados a condições análogas às de trabalho escravo. O nome foi retirado no final de janeiro. Antes disso, em agosto, a MRV já havia tido dois projetos incluídos na lista do Ministério do Trabalho.
Nas duas ocasiões, a Caixa Econômica Federal anunciou a suspensão de novos financiamentos para a companhia.
Segundo Corrêa, isso não teve impacto na condução do negócios. "Não atrapalhou em nada as operações", afirmou.