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Lojas Renner tem queda de 14% e encerra trimestre com lucro de R$ 235 mi

Considerando primeiros 6 meses de 2019, lucro líquido da empresa registra alta de 2,7%, em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 396,7 milhões

Renner: empresa divulgou balanço do segundo trimestre de 2019 nesta terça-feira (30) (Paulo Fridman/Getty Images)

Renner: empresa divulgou balanço do segundo trimestre de 2019 nesta terça-feira (30) (Paulo Fridman/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 30 de julho de 2019 às 18h33.

Última atualização em 30 de julho de 2019 às 18h37.

São Paulo — A varejista de moda Lojas Renner anunciou nesta terça-feira, 30, uma queda de dois dígitos no lucro líquido do segundo trimestre, refletindo uma maior alíquota de imposto de renda e provisões para participação nos lucros, além de efeitos cambiais que pressionaram as margens.

Com base na norma contábil internacional IFRS 16, a companhia teve lucro líquido de 235 milhões de reais entre abril e junho, queda de 14,4% na comparação anual. O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) total ajustado subiu 1,8% ano a ano, para 441,9 milhões de reais.

"Este trimestre foi de mais lento crescimento operacional, mas os terceiro e quarto trimestres devem mostrar um cenário mais positivo", disse o vice-presidente financeiro da Lojas Renner, Laurence Gomes, à Reuters.

O executivo comentou que os estoques da rede estão em nível saudável apesar do inverno ter vindo mais tarde que o costume no país neste ano e a companhia não terá que recorrer a descontos em preços nos próximos meses, o que deve beneficiar as margens.

A liberação de saques no FGTS anunciada pelo governo federal na semana passada também pode favorecer a Lojas Renner, disse Gomes."Qualquer medida de estímulo melhora a confiança, mas o que realmente vai impulsionar a recuperação da economia é a continuidade das reformas econômicas", disse o executivo.

A receita líquida da rede de varejo no segundo trimestre subiu 13,4 por cento, para 2,019 bilhões de reais, e as despesas operacionais cresceram 1,2 por cento, para 683,8 milhões. As vendas mesmas lojas tiveram alta de 9,2 por cento ante expansões de 12,7 por cento no primeiro trimestre e de 2,5 por cento no segundo trimestre do ano passado.

Ainda que as vendas tenham aumentado, a Renner continua anotando reduções na margem bruta, que caiu 1 ponto porcentual no segundo trimestre, chegando a 56,4%. Segundo Laurence, a queda não está relacionada ao inverno tardio deste ano, mas sim ao câmbio de importação. "Este ano tivemos um câmbio maior do que o câmbio contratado no mesmo trimestre do ano passado. Já esperávamos essa redução da margem bruta", afirmou. Para o resto do ano, o câmbio deve ter impacto neutro, de acordo com Laurence.

O executivo aproveitou para dizer, ainda, que o ritmo de remarcação de produtos foi "bastante saudável" no trimestre, com os níveis de estoque crescendo abaixo do crescimento da receita.

Semestre

Nos primeiros seis meses de 2019, o lucro líquido da Renner subiu 2,7%, para R$ 396,7 milhões. Excluindo os efeitos do IFRS 16, a alta foi de 6,5%, para R$ 411,2 milhões.

Já o Ebitda ajustado das operações de Varejo avançou 14%, para R$ 569,4 milhões, enquanto no cálculo sem IFRS 16 houve alta de 18,3%, para R$ 591,2 milhões. O Ebitda total ajustado subiu 10 9%, para R$ 758,2 milhões. Sem IFRS 16, o número subiu 14,1%, para R$ 780 milhões.

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