Lojas Americanas ampliam prejuízo no 1º trimestre a R$132,9 mi
O resultado foi ainda maior que o lucro negativo de 23,9 milhões de reais apurado em mesmo período do ano passado
Reuters
Publicado em 11 de maio de 2017 às 20h08.
Última atualização em 11 de maio de 2017 às 20h50.
São Paulo - A varejista Lojas Americanas ampliou significativamente o prejuízo no primeiro trimestre ante o mesmo período do ano anterior, pressionada por efeitos de calendário, com a Páscoa em 2017 ficando para o segundo trimestre (abril), diferentemente de 2016, quando caiu em março.
O prejuízo líquido consolidado da companhia saltou para 132,9 milhões de reais de janeiro a março, ante resultado negativo de 23,9 milhões de reais em igual etapa do ano passado.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou 449,4 milhões de reais, recuo de 11,8 por cento em relação ao primeiro trimestre de 2016. A margem Ebitda ajustada passou de 12,9 para 12,6 por cento.
"...as vendas relativas ao evento (Páscoa) ficaram concentradas no segundo trimestre, influenciando significativamente as comparações do primeiro trimestre de 2017 em relação aos resultados e saldos de balanço do primeiro trimestre de 2016", disse a empresa no material de divulgação do balanço.
De janeiro a março, a receita líquida consolidada caiu 9,2 por cento ano a ano, para 3,57 bilhões de reais. A receita bruta somou 4,2 bilhões de reais, queda de 10,3 por cento, mas com alta de 1,5 ponto percentual na margem, para 29,2 por cento.
Para neutralizar o efeito calendário, a varejista divulgou a variação das principais linhas do resultado no acumulado dos quatro primeiros meses do ano.
Nessa base de comparação, a receita bruta subiu 5,2 por cento ante os quatro primeiros meses de 2016, a receita bruta no conceito "mesmas lojas" subiu 3,7 por cento e o Ebitda ajustado avançou 6 por cento.
No primeiro trimestre de 2017, a despesa financeira líquida consolidada da Lojas Americanas somou 594,4 milhões de reais, alta de 24,3 por cento ante o montante apurado um ano antes, reflexo principalmente da variação da dívida líquida da companhia nos últimos 12 meses.
O endividamento líquido da Lojas Americanas somou 4,9 bilhões de reais no final de março, contra 4,5 bilhões de reais no final de março de 2016. A dívida líquida em relação ao Ebitda ajustado dos últimos 12 messes ficou em 1,8 vez contra 1,7 vez no encerramento do primeiro trimestre do ano passado.
As despesas com vendas, gerais e administrativas corresponderam a 16,7 por cento da receita entre janeiro e março deste ano, ante 14,8 por cento um ano atrás.
No primeiro trimestre, a companhia inaugurou 7 novas lojas. "Temos mais de 130 novas lojas programadas, sendo 32 em fase de construção, 44 com contrato celebrado e 55 lojas em estágio avançado de negociação", informou a Lojas Americanas.
A empresa disse, ainda, que a meta é abrir 200 novas lojas em 2017, como parte do plano de inaugurar 800 novas unidades entre 2015 e 2019.
Nesta quinta-feira, as ações preferenciais da Lojas Americanas fecharam em queda de 1,5 por cento na bolsa paulista, a 17,73 reais, enquanto o Ibovespa subiu 0,28 por cento.