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Liquigás pode ser vendida por até R$ 1,5 bilhão

Distribuidora e comercializadora de botijão de gás da Petrobras começa a receber propostas de compra na semana que vem

Liquigás: principais concorrentes da distribuidora já estão de olho na oferta, mas Ultragaz teria que se desfazer de ativos para não monopolizar mercado. (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2016 às 10h49.

São Paulo - A Liquigás , distribuidora e comercializadora de botijão de gás da Petrobras , começa a receber na semana que vem propostas para a venda de seu controle, apurou o jornal O Estado de S. Paulo com fontes familiarizadas com o assunto.

Vice-líder nesse segmento, a companhia é cobiçada pelos seus principais concorrentes.

A Ultragaz , do grupo Ultra; a Supergasbras, do grupo holandês SHV, terceira do setor; e a Copagaz, do empresário Ueze Zahan, estão entre os principais interessados no negócio, avaliado entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,5 bilhão, segundo apurou a reportagem.

A estatal, que está em um amplo processo de desinvestimento, enfrenta dificuldades para se desfazer de seus principais negócios (leia mais abaixo). “

A Liquigás é a única operação do grupo que está avançando de forma mais rápida”, disse uma fonte de mercado. O banco Itaú BBA estaria coordenando esse processo, segundo fontes.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o grupo Ultra tem interesse nos ativos da Liquigás e deverá fazer oferta pelo negócio. Procurado pela reportagem, o Ultra informou, em nota, que a companhia "analisa regularmente oportunidades em seus mercados de atuação".

O mercado nacional de gás de cozinha é concentrado nas mãos da Ultragaz, maior deste segmento, com 23,11% de participação. A companhia da estatal é a segunda, com 22,61%, seguida da Supergasbras, com 20,42%. A Copagaz está na quinta posição, com 8,19%.

Em recentes entrevistas concedidas ao Estado, Thilo Mannhardt, presidente do Ultra, e Paulo Cunha, presidente do conselho de administração da companhia, afirmaram que o Ultra tem interesse em ativos da Petrobras - os principais seriam Liquigás e BR Distribuidora, por causa da sinergia com Ultragaz e Ipiranga (a rede de postos também pertence ao grupo). A Liquigás colocaria o Ultra na liderança isolada do segmento.

Fontes afirmaram à reportagem que, se efetivar a compra da Liquigás, o Ultra teria de se desfazer de ativos em Estados onde sua fatia de mercado é maior. "Há poucas sobreposições entre Ultra e Liquigás em alguns Estados", afirmou uma fonte.

Com participação relativamente pequena no setor, a Copagaz também disse ter interesse na Liquigás. Ueze Zahran, presidente do grupo, afirmou à reportagem que fará oferta pela divisão de gás de cozinha da estatal.

No entanto, segundo o empresário, ele deverá se juntar com um grupo de empresas menores que atuam no setor para conseguir fazer uma oferta firme. Zahran não quis informar à reportagem os grupos envolvidos no negócio.

Segundo Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a venda da divisão Liquigás faz todo o sentido para a estatal, pois o negócio não é o foco principal da petroleira.

Ele ressaltou, porém, que este não seria o melhor momento para se fechar o negócio, pois o preço de venda não seria atrativo. "Não acredito que a venda seja feita logo, uma vez que há ainda o rito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff", afirmou.

Procuradas pela reportagem, a Supergasbras e Petrobras não quiseram comentar o assunto. O Itaú BBA não retornou.

Mais ativos

No caso da BR Distribuidora, o Ultra também tem interesse, mas essa operação ainda está bem longe de ser concluída, apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

O Ultra só disporia a comprar o ativo se ele fosse fatiado - as regiões Norte e Nordeste seriam o alvo do conglomerado em distribuição de combustíveis.

Em março, Mannhardt afirmou que o Ultra tem interesse em ter 100% de ativos que hoje são da Petrobras, descartando comprar fatias minoritárias.

A BR Distribuidora também teria atraído interesse da canadense Brookfield e do fundo Advent. No entanto, as negociações empacaram.

O grupo Cosan, do empresário Rubens Ometto Silveira Mello, que é um dos controladores da Raízen, joint venture com a Shell no setor de combustíveis, também deve analisar ativos da Petrobras.

No entanto, segundo apurou a reportagem com fontes próximas ao grupo, não há interesse da Cosan na divisão de gás de cozinha da estatal. O grupo é controlador da Comgás, distribuidora de gás canalizado em São Paulo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - A Liquigás , distribuidora e comercializadora de botijão de gás da Petrobras , começa a receber na semana que vem propostas para a venda de seu controle, apurou o jornal O Estado de S. Paulo com fontes familiarizadas com o assunto.

Vice-líder nesse segmento, a companhia é cobiçada pelos seus principais concorrentes.

A Ultragaz , do grupo Ultra; a Supergasbras, do grupo holandês SHV, terceira do setor; e a Copagaz, do empresário Ueze Zahan, estão entre os principais interessados no negócio, avaliado entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,5 bilhão, segundo apurou a reportagem.

A estatal, que está em um amplo processo de desinvestimento, enfrenta dificuldades para se desfazer de seus principais negócios (leia mais abaixo). “

A Liquigás é a única operação do grupo que está avançando de forma mais rápida”, disse uma fonte de mercado. O banco Itaú BBA estaria coordenando esse processo, segundo fontes.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o grupo Ultra tem interesse nos ativos da Liquigás e deverá fazer oferta pelo negócio. Procurado pela reportagem, o Ultra informou, em nota, que a companhia "analisa regularmente oportunidades em seus mercados de atuação".

O mercado nacional de gás de cozinha é concentrado nas mãos da Ultragaz, maior deste segmento, com 23,11% de participação. A companhia da estatal é a segunda, com 22,61%, seguida da Supergasbras, com 20,42%. A Copagaz está na quinta posição, com 8,19%.

Em recentes entrevistas concedidas ao Estado, Thilo Mannhardt, presidente do Ultra, e Paulo Cunha, presidente do conselho de administração da companhia, afirmaram que o Ultra tem interesse em ativos da Petrobras - os principais seriam Liquigás e BR Distribuidora, por causa da sinergia com Ultragaz e Ipiranga (a rede de postos também pertence ao grupo). A Liquigás colocaria o Ultra na liderança isolada do segmento.

Fontes afirmaram à reportagem que, se efetivar a compra da Liquigás, o Ultra teria de se desfazer de ativos em Estados onde sua fatia de mercado é maior. "Há poucas sobreposições entre Ultra e Liquigás em alguns Estados", afirmou uma fonte.

Com participação relativamente pequena no setor, a Copagaz também disse ter interesse na Liquigás. Ueze Zahran, presidente do grupo, afirmou à reportagem que fará oferta pela divisão de gás de cozinha da estatal.

No entanto, segundo o empresário, ele deverá se juntar com um grupo de empresas menores que atuam no setor para conseguir fazer uma oferta firme. Zahran não quis informar à reportagem os grupos envolvidos no negócio.

Segundo Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a venda da divisão Liquigás faz todo o sentido para a estatal, pois o negócio não é o foco principal da petroleira.

Ele ressaltou, porém, que este não seria o melhor momento para se fechar o negócio, pois o preço de venda não seria atrativo. "Não acredito que a venda seja feita logo, uma vez que há ainda o rito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff", afirmou.

Procuradas pela reportagem, a Supergasbras e Petrobras não quiseram comentar o assunto. O Itaú BBA não retornou.

Mais ativos

No caso da BR Distribuidora, o Ultra também tem interesse, mas essa operação ainda está bem longe de ser concluída, apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

O Ultra só disporia a comprar o ativo se ele fosse fatiado - as regiões Norte e Nordeste seriam o alvo do conglomerado em distribuição de combustíveis.

Em março, Mannhardt afirmou que o Ultra tem interesse em ter 100% de ativos que hoje são da Petrobras, descartando comprar fatias minoritárias.

A BR Distribuidora também teria atraído interesse da canadense Brookfield e do fundo Advent. No entanto, as negociações empacaram.

O grupo Cosan, do empresário Rubens Ometto Silveira Mello, que é um dos controladores da Raízen, joint venture com a Shell no setor de combustíveis, também deve analisar ativos da Petrobras.

No entanto, segundo apurou a reportagem com fontes próximas ao grupo, não há interesse da Cosan na divisão de gás de cozinha da estatal. O grupo é controlador da Comgás, distribuidora de gás canalizado em São Paulo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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