Grupo de aviação irá realizar o anúncio da capital que terá o primeiro centro de conexões de voos na região no primeiro semestre do ano que vem (Pilar Olivares/Reuters)
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2015 às 11h12.
São Paulo - O grupo de aviação Latam adiou para o primeiro semestre de 2016 a definição da capital que vai sediar o primeiro centro de conexões de voos da empresa no Nordeste, que estava previsto para o final deste ano.
Em comunicado na noite de sexta-feira, a empresa afirmou que a decisão ocorreu devido ao "prazo de desenvolvimento da infraestrutura aeroportuária".
"A infraestrutura aeroportuária é um dos três fatores de decisão estabelecidos pelo Grupo Latam, que incluem paralelamente a experiência do cliente e a competitividade em custos, ambos, neste momento, igualmente em análise", disse a empresa no comunicado.
A empresa avalia aeroportos de Fortaleza, Natal e Recife como sede do hub. Segundo a Latam, os terminais estão discutindo "adaptações técnicas" para sediar o centro de conexões.
"O encaminhamento dessas discussões dependerá de um conjunto de avaliações, que envolverá várias esferas governamentais e concessionários, para o aprofundamento dos requisitos que foram apresentados nos estudos técnicos realizados pelas consultorias Arup e Oxford Economics para a implementação de um hub no Nordeste", disse a Latam.
Uma das conclusões iniciais do estudo da Arup indica que os terminais atuais foram concebidos para operações ponto a ponto, sem características de um hub e, portanto, "precisariam de adaptações para receber um centro de conexões de voos com as características de um hub com relevância internacional", citou a Latam. Em abril deste ano, a companhia aérea TAM, parte do grupo Latam, afirmou que os investimentos para o hub no Nordeste seriam de 1 bilhão a 1,5 bilhão de dólares.
O adiamento ocorre em meio à piora das projeções para a economia brasileira em 2015 e 2016, segundo levantamento Focus, do Banco Central. A pesquisa da autoridade monetária desta semana prevê que o PIB do Brasil vai encolher 3,05 por cento em 2015 e 1,51 por cento.