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Kroton vai propor financiamentos privados para o Fies

A Kroton Educacional está trabalhando em uma joint venture com banco para oferecer financiamento privado para o Fies

Sala de aula da Kroton: empresa estuda meios de oferecer crédito de bancos para estudantes por meio do Fies (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2016 às 14h04.

Os subsídios do governo brasileiro para tudo, de imóveis a financiamento estudantil, estão secando em meio à recessão . Por essa razão, a maior empresa educacional do país está apostando que o financiamento privado ajudará a fechar essa lacuna.

A Kroton Educacional , que conta com mais de 1 milhão de estudantes, está trabalhando em uma joint venture com um banco para oferecer financiamento para os seus estudantes de ensino superior -- um primeiro passo, mas não o suficiente, segundo o CEO Rodrigo Galindo.

A empresa também está discutindo com outras empresas privadas do setor educacional formas de complementar os programas de financiamento público, como Fies e Pronatec, com fundos do setor privado, disse ele.

“Não existe espaço político e social para o Fies acabar”, disse Galindo em entrevista no escritório da Bloomberg em São Paulo.

Uma alternativa em estudo é emitir letras de crédito educacionais ou usar parte dos compulsórios exigidos dos bancos para financiar empréstimos estudantis, disse ele.

"A gente tem uma ideia para levar para saber se tem abertura do governo e, se tiver abertura do governo, aí vamos voltar para construir o produto."

A ajuda do setor privado seria bem-vinda em um momento em que o governo se esforça para controlar os custos, com receitas abaixo das estimativas durante a pior contração econômica em um século.

Os empréstimos a estudantes de baixa renda, que já foram reduzidos em 2015, correm risco de novo corte se continuarem dependentes de financiamento federal, enquanto o financiamento puramente privado não é atraente por causa das elevadas taxas de juros do Brasil.

A Kroton está discutindo as opções de financiamento privado com outras instituições educativas e Galindo explicou que as empresas deverão apresentar suas ideias ao novo ministro da Educação através das associações do setor.

Para um financiamento exclusivamente privado para seus alunos, a empresa com sede em São Paulo está negociando com um banco e o acordo provavelmente será anunciado até o fim do ano, disse ele.

Como o governo está reduzindo o número de empréstimos disponíveis pelo Fies, a importância deles no balanço da Kroton também está diminuindo, segundo Galindo.

Apenas 5 por cento dos estudantes de graduação que se matricularam em faculdades da Kroton no primeiro trimestre usaram o Fies.

A parcela contrasta com os 25 por cento que usaram o plano de financiamento privado do grupo, conhecido como PEP.

Mas o Fies ainda responde por cerca de 20 por cento do total de empréstimos estudantis de graduação da empresa atualmente.

“Trata-se de uma política pública absolutamente relevante. Continuamos defendendo, apoiando e tentando melhorar o Fies”, disse Galindo.

“Entre as empresas educacionais, o sucesso nos próximos 10 ou 20 anos estará baseado em quem conseguirá oferecer um melhor financiamento”.

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Os subsídios do governo brasileiro para tudo, de imóveis a financiamento estudantil, estão secando em meio à recessão . Por essa razão, a maior empresa educacional do país está apostando que o financiamento privado ajudará a fechar essa lacuna.

A Kroton Educacional , que conta com mais de 1 milhão de estudantes, está trabalhando em uma joint venture com um banco para oferecer financiamento para os seus estudantes de ensino superior -- um primeiro passo, mas não o suficiente, segundo o CEO Rodrigo Galindo.

A empresa também está discutindo com outras empresas privadas do setor educacional formas de complementar os programas de financiamento público, como Fies e Pronatec, com fundos do setor privado, disse ele.

“Não existe espaço político e social para o Fies acabar”, disse Galindo em entrevista no escritório da Bloomberg em São Paulo.

Uma alternativa em estudo é emitir letras de crédito educacionais ou usar parte dos compulsórios exigidos dos bancos para financiar empréstimos estudantis, disse ele.

"A gente tem uma ideia para levar para saber se tem abertura do governo e, se tiver abertura do governo, aí vamos voltar para construir o produto."

A ajuda do setor privado seria bem-vinda em um momento em que o governo se esforça para controlar os custos, com receitas abaixo das estimativas durante a pior contração econômica em um século.

Os empréstimos a estudantes de baixa renda, que já foram reduzidos em 2015, correm risco de novo corte se continuarem dependentes de financiamento federal, enquanto o financiamento puramente privado não é atraente por causa das elevadas taxas de juros do Brasil.

A Kroton está discutindo as opções de financiamento privado com outras instituições educativas e Galindo explicou que as empresas deverão apresentar suas ideias ao novo ministro da Educação através das associações do setor.

Para um financiamento exclusivamente privado para seus alunos, a empresa com sede em São Paulo está negociando com um banco e o acordo provavelmente será anunciado até o fim do ano, disse ele.

Como o governo está reduzindo o número de empréstimos disponíveis pelo Fies, a importância deles no balanço da Kroton também está diminuindo, segundo Galindo.

Apenas 5 por cento dos estudantes de graduação que se matricularam em faculdades da Kroton no primeiro trimestre usaram o Fies.

A parcela contrasta com os 25 por cento que usaram o plano de financiamento privado do grupo, conhecido como PEP.

Mas o Fies ainda responde por cerca de 20 por cento do total de empréstimos estudantis de graduação da empresa atualmente.

“Trata-se de uma política pública absolutamente relevante. Continuamos defendendo, apoiando e tentando melhorar o Fies”, disse Galindo.

“Entre as empresas educacionais, o sucesso nos próximos 10 ou 20 anos estará baseado em quem conseguirá oferecer um melhor financiamento”.

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