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Kia reduz gastos com marketing e vê vendas fracas em 2015

A inauguração de uma fábrica no México, no entanto, pode ser um alívio para a montadora no segundo semestre


	Kia: a inauguração de uma fábrica no México pode ser um alívio para a montadora no segundo semestre
 (Scott Olson/Getty Images)

Kia: a inauguração de uma fábrica no México pode ser um alívio para a montadora no segundo semestre (Scott Olson/Getty Images)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 12 de maio de 2015 às 14h58.

São Paulo – Por conta de um cenário desafiador para esse ano, a Kia perdeu 4 concessionárias e, na melhor das hipóteses, manterá as vendas de 2015 iguais a 2014.

A inauguração de uma fábrica no México, no entanto, pode ser um alívio para a montadora no segundo semestre. A sul-coreana também reduziu custos com marketing e mudou portfólio no Brasil.

Para José Luiz Gandini, o mercado de carros importados foi o mais prejudicado pela situação atual da economia brasileira.

“O mercado automobilístico sofreu uma queda muito brusca, em um país que vinha crescendo”, disse José Luiz Gandini, presidente da montadora sul-coreana à EXAME.com, durante o evento Encontros EXAME, que acontece hoje e reúne governadores e alguns dos maiores empresários do país.

O aumento do IPI, câmbio instável e os custos mais altos são os principais problemas para a Kia no Brasil. Em 2014, as vendas da Kia no Brasil caíram 18,34%, de 29.134 para 23.789, segundo a Abeifa.

Por conta dessas dificuldades, a montadora perdeu 4 concessionárias desde o começo do ano.

Para manter as vendas no mesmo nível do ano passado, a Kia diminuiu seus gastos com marketing e propagandas.

“Estamos fazendo menos investimentos em mídia. Mas, se você não faz propaganda, você vai saindo do mercado, também”, afirmou Gandini.

Além disso, a empresa também mudou seu portfólio de carros vendidos no Brasil. “Trazemos apenas carros que são fáceis de vender, que conseguimos vender sem muita propaganda”, disse o presidente.

No ano que vem, poderá ajudar a companhia. A montadora começará a produzir no México e terá uma cota maior de importações com imposto reduzido. “O Cerato e o Rio, vindos do México, com certeza absoluta serão uma boa notícia”, afirmou Gandini.

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