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Kia estuda fábrica no Brasil após se livrar de processo

A empresa venceu na Justiça uma batalha para provar sua inocência em uma cobrança do governo pela dívida de R$ 1,5 bilhão

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	KIA: o objetivo de ter uma fábrica no Brasil é fazer com que a marca seja competitiva dentro das novas regras do Inovar-Auto, que beneficiam aqueles que produzem no país com um IPI menor
 (Creative Commons)

KIA: o objetivo de ter uma fábrica no Brasil é fazer com que a marca seja competitiva dentro das novas regras do Inovar-Auto, que beneficiam aqueles que produzem no país com um IPI menor (Creative Commons)

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José Antonio Leme

Publicado em 5 de setembro de 2013 às, 09h05.

São Paulo - A Kia Motors Corporation venceu na Justiça uma batalha para provar sua inocência em uma cobrança do governo e pode levar a cabo a ideia de construir uma fábrica no Brasil.

Uma sentença do Supremo Tribunal Federal (STF) tirou da KMC qualquer ônus pela dívida de R$ 1,5 bilhão que a extinta Asia Motors do Brasil deixou com o Governo Federal.

Com isso, a matriz na Coreia e o presidente da Kia Motors do Brasil, José Luiz Gandini, já falam em colocar em pé uma fábrica no Brasil. Em entrevista ao Jornal do Carro, Gandini disse que, antes de tudo, a decisão tomada pela ministra do STF, Carmen Lúcia, já era esperada, uma vez que a marca provou que não tinha qualquer ligação com a AMB na época.

O executivo esteve recentemente na Coreia para falar com a matriz e dizer sobre a necessidade de instalar uma fábrica da Kia no Brasil, para que a marca seja competitiva dentro das novas regras do Inovar-Auto, que beneficiam aqueles que produzem no País com um IPI menor.

“O imbróglio da Asia impedia qualquer conversa sobre fábrica no Brasil, já que o investimento é alto para que pudesse ser colocado em risco”, afirmou Gandini.

Ele afirmou que está disposto a investir em uma fábrica com capacidade inicial de 20 mil unidades por ano para produzir o Sportage e, se o resultado for positivo, aumentar o espaço para produzir o Cerato.

Questionado sobre a chegada de um “HB20 da Kia”, ele disse acreditar que a briga de foices não é válida. “O mercado de compactos é uma briga muito grande pela liderança de mercado.

Eu acredito que fabricar um compacto premium como o Rio, seria uma aposta mais acertada.” Ele não deu prazos e o local para instalação da fábrica.

Fontes ligadas à marca dizem que os coreanos desejam montar um carro de porte equivalente ao Hyundai HB20 para disputar o segmento de compactos. Para isso construiriam uma fábrica com capacidade entre 150 mil e 200 mil unidades por ano, porte semelhante a da Hyundai, que inclusive chegou a sua capacidade máxima e iniciou o terceiro turno de produção.


O advogado Fabiano Robalinho, que trabalha para o escritório que representa a Kia no Brasil, reiterou que a empresa “tem interesse no mercado brasileiro, pelo tamanho e por ser um mercado importante”.

Sobre os investimentos, ele afirmou que a KMC precisa de segurança jurídica para pensar em investimentos, o que passa pela aceitação do governo da decisão do STF. “Nós somos vítimas também nesse caso, já que cobramos uma dívida de R$ 475 milhões em valores atuais, que é retroativa de carros que na época a Asia Motors Corporation enviou a Asia Motors do Brasil e não recebeu por eles”, disse.

Calote

Há mais de 15 anos a Kia Motors Corporation tenta se defender no caso da Asia Motors do Brasil, que importava as vans Towner e Topic nos anos 90 e que, ao prometer uma fábrica em solo nacional, conseguiu incentivos do governo.

Como a fábrica nunca saiu do papel, o governo cobra da empresa dívida de quase R$ 1,5 bilhão. A Asia Motors cobrava do importador brasileiro o pagamento de carros na casa de R$ 475 milhões.

Em 1997, a Asia Motors do Brasil (AMB) ofereceu uma joint venture para a Asia Motors Corporation (AMC), na qual ela assumiria 51% da empresa brasileira e receberia o valor pendente. Mas a proposta nunca se consolidou. A Corte de Arbitragem Internacional provou que a AMC nunca foi efetivamente controladora da AMB.

Em 1999, com a crise econômica na Ásia, a Kia incorporou a empresa asiática à sua marca e começou uma batalha na justiça brasileira e internacional para desvincular seu nome do processo iniciado no Brasil pelo governo federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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