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Julgamento de Carlos Ghosn vai começar em abril de 2020

Ghosn, ex-presidente do grupo Renault-Nissan-Mitsubishi Motors, será julgado por dois casos de "abuso grave de confiança"

Ghosn e esposa: A data ainda não foi estabelecida de forma exata (Issei Kato/File Photo/Reuters)
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AFP

Publicado em 21 de setembro de 2019 às 15h28.

Última atualização em 19 de novembro de 2019 às 06h33.

O início do julgamento do ex-presidente da Renault-Nissan Carlos Ghosn no Japão está previsto para abril de 2020, afirmou neste sábado à AFP uma fonte próxima da investigação, confirmando uma informação da agência de imprensa japonesa Kyodo.

A data ainda não foi estabelecida de forma exata, mas de acordo com Kyodo "o tribunal de Tóquio deseja organizar até três sessões a cada semana a partir de 21 de abril".

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"De fato, é o que aparece no calendário distribuído pelo tribunal", confirmou à AFP uma fonte próxima à investigação, sem dar mais detalhes.

Além do ex-presidente do grupo automotivo, outros ex-diretores da Nissan também serão julgados, segundo a agência japonesa.

Ghson recebeu quatro acusações na Justiça japonesa. Duas delas, ligadas a retribuições econômicas não declaradas, também envolveriam seu ex-colaborador Greg Kelly e a própria Nissan como pessoa moral.

Ghosn, ex-presidente do grupo Renault-Nissan-Mitsubishi Motors, será julgado por dois casos de "abuso grave de confiança" relacionados à transferência de fundos de intermediários da Nissan à Arábia Saudita e ao Omã - dinheiro que teria sido usado para investimentos pessoais, segundo a Justiça.

Preso em novembro de 2018 e libertado sob fiança meses depois, Ghosn atualmente está em prisão domiciliar em Tóquio, proibido de ver sua mulher e de entrar em contato com ela - uma condição denunciada por seus advogados.

Sua prisão criou tensões no grupo Renault-Nissan, e o sucessor de Ghosn à frente da companha japonesa, Hiroto Saikawa, também teve que deixar o cargo nesta semana, ao ser envolvido em outro caso de retribuições indevidas.

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