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Joint-venture entre brasileira e sueca cria empresa de intercâmbio global de R$ 4 milhões

Com a parceria entre a brasileira e a sueca, nasce a Efígie Academy, plataforma para a oferta de produtos digitais de educação internacional

Lara Crivelaro, da Efígie: a expectativa é de chegarmos a 10 milhões de reais em 2024 (Efígie/Divulgação)
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 4 de abril de 2023 às 08h01.

A empresa de educação internacional Efígie está ampliando a oferta dos serviços. A brasileira se uniu ao grupo sueco Educatius na criação de uma joint-venture com investimentos de 4 milhões de reais.

No mercado desde 2006, Efígie trabalha com programas de intercâmbios educacioais. Começou com projetos para o ensino superior e, desde 2017 expandiu para iniciativas dedicadas aos alunos do ensino médio, com opções como programas de duplo diploma internacional e aquelas de curta duração, como acampamentos de verão e inverno.

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Como vai funcionar a parceria

Com a parceria entre a brasileira e a sueca, nasce a Efígie Academy, plataforma para a oferta de produtos digitais de intercâmbio. Prevista para o início de maio, a ferramenta chega com dois produtos.

O principal funcionará como uma trilha de conhecimento, a partir do qual os alunos das escolas parceiras poderão ter acesso a informações sobre cursos, bolsas, universidades com preços mais acessíveis e os processos seletivos.

A proposta é que comecem a estruturar o caminho que desejam seguir desde o início do ensino médio, desenvolvendo os atributos necessários aos requisitos cobrados pelas instituições em que desejam aplicar.

Hoje, de acordo com Lara Crivelaro, fundadora e CEO da Efígie, muitos alunos chegam à empresa já no fim do ensino médio e sem histórico de atividades extracurriculares.

“É só no Brasil que a gente resolve a vida do estudante em dois dias de prova. Nos outros países, a avaliação é muito mais holística. As pessoas têm uma série de coisas que precisam entregar para que sejam avaliados como um perfil integral”, afirma.

O segundo serviço é o programa do duplo diploma, oferecido de forma online. Do portfólio da Efígie, ele migra para a nova operação.

Em parceria com a escola americana Washington Academy, o projeto permite ao aluno complementar a grade de ensino para receber o diploma americano de ensino médio. Lançada em 2017, a unidade representa 40% da receita. Em 2022, a Efígie Educacional faturou R$ 3 milhões.

Com os dois produtos integrados, a expectativa é de que a joint-venture avance em ritmo bem mais acelerado. Para 2024, Crivelaro estima chegar a R$ 10 milhões.

O rápido crescimento, segundo a projeção, viria a partir das parcerias com as escolas que podem contratar a nova plataforma como um benefício adicional aos estudantes. Neste ano, por exemplo, pretende saltar das atuais 55, com as quais tem acordo em outros produtos, para 100 até o fim do ano.

Outro cenário no horizonte da Efígie e da Educatius é a expansão internacional do modelo. Em dois anos, os parceiros pretendem entrar com a plataforma em outros países da América Latina.

Como a Efígie foi criada

Com a divisão entre os negócios, a Efígie Educacional ficará dedicada aos produtos presenciais. Inclui os intercâmbios, ensino médio fora do país, missões internacionais e programas de verão.

A empresa foi fundada após Lara, doutora em Sociologia pela UNESP e executiva com cargos de gestão em universidade, perceber uma lacuna no mercado de ensino superior.

Havia uma ausência de conhecimento, principalmente em alunos de instituições privadas, em relação a oportunidades de intercâmbio.

“Eu montei sem muita pretensão. As pessoas me pediam um serviço e queriam que eu desse a nota fiscal. E acabei dando consultoria para muitas escolas e instituições de ensino e a coisa foi acontecendo”, conta.

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