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J&F nega detalhar novos documentos entregues por Joesley à PGR

A controladora da JBS limitou-se a dizer que Joesley apresentou, dentro dos prazos legais, os anexos e que continuam à disposição da Justiça

Joesley (Leonardo Benassatto/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de setembro de 2017 às 08h17.

Brasília - Em nota enviada neste domingo, o grupo J&F, que controla o frigorífico JBS , afirmou que não pode fornecer detalhes dos novos anexos da delação entregues por seus executivos à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na nota, a holding limitou-se a dizer que os colaboradores apresentaram, dentro dos prazos legais, os anexos e que continuam à disposição da Justiça.

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"Os colaboradores apresentaram, dentro dos prazos legais estabelecidos, as informações e documentos que complementam os esclarecimentos prestados previamente à Procuradoria-Geral da República e continuam à disposição para cooperar com a Justiça. Não é possível fornecer detalhes porque esses dados estão sob sigilo", diz a nota enviada pela assessoria de imprensa do grupo.

De acordo com a Globonews, o empresário Joesley Batista informou à PGR, em um dos novos anexos entregues aos investigadores, um episódio de "pressão política" para que o BNDES desse aval para o financiamento de uma fábrica de celulose da Eldorado, no Estado do Mato Grosso do Sul.

Segundo a emissora, o empresário relatou que pediu apoio ao senador José Serra (PSDB-SP) e aos ex-ministros da Fazenda Antonio Palocci e Guido Mantega.

Por ter obtido o financiamento, Joesley teria dado em torno de 4% de propina do contrato para Mantega e 1% para Vaccari, segundo a emissora. Dirigentes de fundos de pensão também teriam sido beneficiados.

Defesas

Por meio de sua assessoria de imprensa, Serra negou a acusação. "Essa história jamais ocorreu. Até porque não faria o menor sentido o candidato de oposição tentar influenciar uma decisão de governo", disse o senador.

A assessoria de Mantega, por sua vez,informou que não teve acesso ao anexo de Joesley e que só vai se pronunciar após conhecer o inteiro teor das acusações. Até a publicação deste texto, as defesas de Vaccari e Palocci não haviam respondido à reportagem.

Negociações

No último sábado (2), a holding J&F, da família Batista, anunciou que concluiu as negociações para a venda da Eldorado Celulose e Papel com a Paper Excellence, da família Widjaja, que também é dona Asia Pulp and Paper (APP).

O valor total da transação é de R$ 15 bilhões. A aquisição marca a entrada dos empresários asiáticos no Brasil, que também são donos da gigante de papel e celulose Asia Pulp & Paper (APP).

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