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Itaúsa está perto de comprar Liquigás após preço afastar rivais

A Liquigás Distribuidora SA, a fornecedora de gás para cerca de 35 milhões de lares no Brasil, é apenas o mais recente ativo que a Petrobras está vendendo

A Itaúsa, holding das famílias Setubal e Villela, e seus sócios Copagaz Distribuidora de Gás Ltda. e Nacional Gás Butano fizeram a maior oferta pela Liquigás (Thinkstock/Thinkstock)
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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2019 às 15h00.

Última atualização em 28 de agosto de 2019 às 15h00.

Um grupo liderado pela brasileira Itaúsa Investimentos SA está prestes a comprar a distribuidora de gás em botijão da Petrobras , já que sua oferta de R$ 3,5 bilhões está afastando rivais, disseram pessoas com conhecimento do assunto.

O Mubadala Investment Co., de Abu Dhabi, e a brasileira Consigaz Distribuidora de Gás Ltda, que poderiam ter tentado superar a Itaúsa em uma segunda rodada de ofertas, planejam abandonar a disputa junto com seus sócios, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque as discussões são privadas. Eles desistiram do negócio, pois o preço ofertado pelo Itaúsa foi considerado alto demais, disseram as pessoas.

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A Liquigás Distribuidora SA, a fornecedora de gás liquefeito de petróleo para cozinhar para cerca de 35 milhões de lares no Brasil, é apenas o mais recente ativo que a Petrobras está vendendo para cortar dívidas e focar na exploração e produção de petróleo.

A Itaúsa, holding das famílias Setubal e Villela, e seus sócios Copagaz Distribuidora de Gás Ltda. e Nacional Gás Butano fizeram a maior oferta pela Liquigás, disse a Petrobras em documento na sexta-feira. A empresa não divulgou valores, mas pessoas familiarizadas com o assunto disseram no sábado que o grupo da Itaúsa ofereceu R$ 3,5 bilhões pela Liquigás.

A SHV Holdings NV, da Holanda, não fez oferta vinculante e já deixou o negócio, disseram duas pessoas. O grupo de Mubadala fez uma oferta de cerca de R$ 2,4 bilhões, disse uma das pessoas.

A Itaúsa disse em comunicado na segunda-feira que foi convidada para negociações para um acordo vinculante.

A Petrobras tinha planos de abrir uma segunda rodada de ofertas para dar aos interessados a oportunidade de aumentar seus preços depois de ela negociar os termos do contrato com o principal concorrente, disseram as pessoas. A empresa sediada no Rio de Janeiro já havia adotado esse modelo em vendas anteriores.

A Consigaz e o Mubadala não quiseram comentar. A Petrobras não respondeu a pedido de comentários. A SHV não quis fazer comentários.

A Petrobras esperava que os lances chegassem a R$ 2,8 bilhões, disseram pessoas anteriormente. Em 2016, a Petrobras concordou em vender a Liquigás por R$ 2,8 bilhões para a Ultrapar Participações SA, mas o regulador antitruste do Brasil rejeitou o acordo em 2018.

A Itaúsa disse que não está esperando nenhum impacto significativo em seus ganhos para o atual ano fiscal se o negócio for concluído.

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