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Imóveis vinculados ao BES e ao ex-presidente são revistados

Polícia portuguesa realiza revista de imóveis, lojas e escritórios vinculados ao Banco Espírito Santo e ao ex-presidente da instituição, Ricardo Salgado


	Ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado
 (Bloomberg)

Ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2014 às 12h42.

Lisboa - A Polícia Judiciária (PJ) de Portugal realiza nesta quinta-feira uma ampla operação de revista de imóveis, lojas e escritórios bancários vinculados ao extinto Banco Espírito Santo (BES) e aos seus antigos gerentes, incluindo Ricardo Salgado.

Ao todo, foram feitas mais de 60 revistas, entre eles um na casa de Salgado e outro na sede do Novo Banco, criado com os ativos saudáveis do BES, segundo informa a mídia portuguesa.

Cerca de 200 inspetores participam desta operação, realizada pela Unidade de Combate da Corrupção da PJ e iniciada por suspeitas de vários crimes, como contabilidade falsa, lavagem de dinheiro, abuso de confiança e fraude fiscal.

A operação acontece após o anúncio, nesta quarta-feira, do adiamento do comparecimento, inicialmente previsto para os dias 3 e 4 de dezembro, de Ricardo Salgado e, de seu primo, José Maria Ricciardi na comissão parlamentar que investiga o escândalo do caso BES.

Os trabalhos desta comissão, encarregada de esclarecer o maior escândalo financeiro da história recente do país, começaram no último dia 17 com o interrogatório do presidente do Banco de Portugal (banco central português), Carlos Costa.

As pesquisas foram iniciadas três meses e meio depois de o BES, na época a principal entidade financeira privada do país, ser interditada pelo emissor português, vítima dos problemas financeiros do conglomerado a que pertencia, propriedade da família Espírito Santo.

A solução do Banco de Portugal foi dividir o BES em dois: uma parte ruim que mantém o nome original - e cujas perdas deverão ser assumidas por seus acionistas - e outra com os ativos saudáveis agrupados no Novo Banco, uma entidade criada "ad hoc" para este objetivo.

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