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Ibovespa fecha no zero a zero com exterior atento à guerra na Ucrânia

Concentração de commodities voltou a beneficiar a bolsa brasileira, mas o cenário de cautela no mercado internacional impediu alta

Painel de caotações na B3 | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

Painel de caotações na B3 | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 3 de março de 2022 às 18h23.

Última atualização em 3 de março de 2022 às 18h49.

Ibovespa hoje: após passar a maior parte do pregão em alta, o Ibovespa encerrou esta quinta-feira, 3, próximo à estabilidade. O principal índice da B3 sofreu influência negativa do mercado internacional, que segue atento à guerra na Ucrânia e aos impactos que o conflito pode ter na inflação. 

No fechamento:

  • Ibovespa: - 0,01%, 115.165 pontos
  • S&P 500 (EUA): - 0,52%
  • Nasdaq (EUA): - 1,56%
  • Stoxx 600 (Europa): - 2,01%

Por aqui, o fluxo de capital estrangeiro e a alta das commodities sustentaram o cenário positivo a despeito da crise no exterior pela maior parte do pregão, antes de perder força na última hora de negociação. Segundo os últimos dados divulgados pela B3, o fluxo de capital externo estava positivo até a última sexta-feira, quando a guerra já havia começado.

Mais cedo, acompanhando a valorização de papéis como Vale (VALE3), o Ibovespa chegou a superar 115.947 pontos ainda nos primeiros negócios do dia, estabelecendo uma nova máxima intradia para 2022.

A entrada de capital estrangeiro no país seguiu beneficiando também o real. O dólar caiu mais de 1,5% frente à moeda brasileira, perto da mínima do dia, de R$ 5,0203.

  • Dólar: - 1,55% 5,026 reais

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Destaques de ações

As ações da Vale (VALE3) foram o principal foco positivo do índice nesta quinta-feira, subindo em linha com a valorização do minério de ferro — na máxima do dia, o papel subiu mais de 1%, mas perdeu força ao longo do pregão. 

Já o minério atingiu o maior nível em seis meses, com alta de 6% no porto de Qingdao, a US$ 153,33 a tonelada. A alta, segue impulsionada pela expectativa de aceleração da economia chinesa. Siderúrgicas registraram fortes ganhos na esteira da alta da commodity,

  • CSN (CSNA3): + 5,01%
  • Gerdau (GGBR4): + 4,43%
  • Usiminas (USIM5): + 3,64%
  • Vale (VALE3): + 0,05%

Junto com o setor de siderurgia, as ações de Cielo (CIEL3) e IRB (IRB3) ficaram entre as maiores altas do dia.

  • Cielo (CIEL3): + 5,26%
  • Petz (PETZ3): + 5,16%

Voltando às commodities, as incertezas trazidas pelo conflito no Leste Europeu têm reforçado as apostas sobre o preço do petróleo, que chegou a beirar os US$ 120, estabelecendo uma nova máxima desde 2012. O preço, no entanto, virou para queda, e as ações do setor apresentam fraqueza nesta sessão, após terem chegado a subir mais de 10% na véspera. Os papéis da Petrobras, que perderam o rali da véspera em meio a dúvidas sobre o repasse da valorização do petróleo, seguiram as perdas.

  • PetroRio (PRIO3): + 1,10%
  • Petrobras (PETR3): - 0,80%
  • Petrobras (PETR4): - 1,24%
  • Petrorecôncavo (RECV3): - 0,75%
  • Petróleo Brent: - 1,93%, a US$ 110,75 o barril

"O preço do petróleo deve continuar elevado, mas o repasse da Petrobras ainda é uma incerteza. É preciso aguardar se vai repassar tudo, mas a assimetria é mais favorável para a companhia", disse Marcel Zambello, analista do BTG Pactual na Abertura de Mercado desta quinta-feira, 3.

Do lado negativo, os papéis das empresas de turismo e aviação ficaram entre as maiores baixas do dia de olho no confronto na Ucrânia. Azul (AZUL4) liderou as perdas do índice nesta quinta-feira.

  • Azul (AZUL4): - 4,71%
  • Embraer (EMBR3): - 4,17%
  • Gol (GOLL4): - 4,00%
  • CVC (CVCB3): - 3,03%
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