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Iberostar prevê crescimento menor no Brasil e mira aquisições

Os três complexos do grupo no país, Bahia, RJ e um navio hotel no Amazonas, em conjunto tiveram um crescimento de 15% das receitas em 2016

Iberostar: "Não queremos ter outros hotéis nessa região da Bahia", disse o executivo (Divulgação)

Iberostar: "Não queremos ter outros hotéis nessa região da Bahia", disse o executivo (Divulgação)

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Reuters

Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 22h11.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2017 às 22h11.

São Paulo - A grupo hoteleiro espanhol Iberostar considera aquisições no Brasil, no momento em que prevê desaceleração das receitas no país em 2017, num cenário de valorização do real e crescimento econômico ainda baixo, disse um executivo da empresa.

Os três complexos do grupo no país, Bahia, Rio de Janeiro e um navio hotel no Amazonas, em conjunto tiveram um crescimento de 15 por cento das receitas em 2016. O Brasil representa cerca de 10 por cento do faturamento do grupo nas Américas.

Para este ano, com o real mais valorizado em relação ao dólar, o que tende a aumentar a procura de turistas de dentro e fora do país por outros destinos, a expectativa da empresa é que a receita no país cresça ao redor de 10 por cento.

"Mas os nossos planos são de que a participação do Brasil nos resultados do grupo vão crescer nos próximos anos", disse o diretor-geral da Iberostar Américas, Enric Noguer.

Atualmente, o grupo desenvolve um quarto complexo no país, em Maceió (AL), de propriedade do grupo Havengrid, e que a Iberostar deve operar após a conclusão das obras, com prazo de 18 a 24 meses para ficar pronto.

Nos demais planos de expansão no país, entretanto, o foco da empresa é o contrário, de ser proprietária, em vez de operadora, disse o executivo.

Geograficamente, o interesse da Iberostar é na região costeira do país, com destaque para a Região Nordeste e o Rio de Janeiro.

Noguer, no entanto, descarta interesse no Complexo Hoteleiro de Sauípe, na Bahia, que tem acumulado sucessivos prejuízos nos últimos anos, que sua controladora Previ, caixa de previdência do Banco do Brasil, sinalizou em novembro que pretende vender.

"Não queremos ter outros hotéis nessa região da Bahia", disse o executivo.

Simultaneamente, o grupo discute parcerias com gestoras de programas de fidelidade, no momento em que gigantes do setor no país, como Smiles e Multiplus têm feito acordos com empresas de turismo.

A Iberostar fechou 2016 com receita de 2,03 bilhões de euros, alta de 10 por cento sobre o ano anterior.

Neste ano, o grupo prevê abrir seis complexos, sendo um em Miami, outro no México e dois em Cuba, país onde pretende fechar o ano com 17 hotéis. O grupo também vai investir 125 milhões de euros em reformas.

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