Hospital que pegou fogo acaba de inaugurar prédio com hotelaria de luxo
Segundo o hospital, a suspeita é de que o fogo tenha se iniciado no gerador do hospital, que fica no subsolo
Mariana Desidério
Publicado em 13 de setembro de 2019 às 12h05.
Última atualização em 13 de setembro de 2019 às 19h25.
O Hospital Badim, que pegou fogo no fim da tarde desta quinta-feira no Rio de Janeiro, inaugurou no ano passado um novo prédio com hotelaria de luxo e equipamentos modernos para a “medicina do futuro”. Associado à Rede D’Or , o hospital fica no Maracanã, zona norte do Rio, e opera desde o ano 2000.
Onze pessoas morreram em decorrência do incêndio, todos pacientes. Segundo o hospital, a suspeita é de que o fogo tenha se iniciado no gerador da unidade, que fica no subsolo do prédio antigo do Badim, inaugurado no ano 2000.
A fumaça então se alastrou pelo prédio antigo e também pelo novo complexo, inaugurado em 2018 e que abriga os principais setores do hospital: emergência, centro cirúrgico, centro de diagnóstico por imagem, internação e CTI. “Cada detalhe da nova unidade foi pensado para proporcionar bem-estar e segurança para clientes e equipes”, diz o site do hospital. Não há informação sobre onde estavam internados os pacientes que morreram.
Com a ampliação feita no ano passado, o hospital conta com 15,7 mil m² de área construída, 128 leitos de internação, sendo quatro suítes master com 63 m² cada uma. A equipe do hospital é formada por mais de 60 médicos em mais de 20 especialidades.
O incêndio começou por volta das 18h30 de ontem. De acordo com informações da TV Globo, 103 pessoas estavam internadas no hospital. Dessas, 90 foram transferidas. 224 funcionários trabalhavam no local no momento do incêndio, mas nenhum deles morreu, segundo o hospital. Removidos às pressas, os pacientes chegaram a ficaram em macas em ruas próximas ao hospital.
A Rede D'Or é a maior rede de hospitais privados do país e possui 46 unidades. Nascida no Rio de Janeiro, a companhia cresceu exponencialmente nos últimos anos: viu sua receita crescer de 126,5 milhões de dólares, em 2009, para 1,96 bilhão, em 2018 (no consolidado o grupo faturou 2,9 bilhões de dólares). Este ano, foi escolhida empresa do ano no prêmioEXAME MELHORES E MAIORES.
Em nota, a companhia disse que "lamenta profundamente o incêndio ocorrido no Hospital Badim e informa que colocou à disposição de sua administração todos os hospitais da Rede para receber pacientes, funcionários e familiares." A Rede D'Or informa ainda que "tem uma participação acionária passiva, mas que não administra o referido hospital. O Hospital Badim tem gestão e controle próprios".
Ainda de acordo com a companhia, 79 pacientes do Badim foram atendidos em outros cinco hospitais da rede: Quinta D’Or (52 pacientes), Caxias D’Or (15 pacientes), Copa D’Or (6 pacientes), Norte D’Or (5 pacientes) e Rios D’Or (1 paciente).