Heineken tem lucro acima do esperado no 1º semestre
O lucro operacional da empresa, sem considerar itens extraordinários, cresceu 11,8%, para 1,81 bilhão de euros
Reuters
Publicado em 31 de julho de 2017 às 08h44.
Bruxelas - A Heineken , segunda maior fabricante de cerveja do mundo, teve resultado acima do esperado no primeiro semestre de 2017, com crescimento de lucro mais forte na Europa graças à Páscoa mais tardia e ao início precoce do verão.
O lucro operacional da empresa, sem considerar itens extraordinários, cresceu 11,8 por cento no primeiro semestre, para 1,81 bilhão de euros, superando a média de 1,76 bilhão de euros esperada por sete analistas consultados pela Reuters.
A companhia, que produz as marcas Heineken, Tiger e Sol, informou que os volumes, as receitas e os lucros cresceram na mesma base de comparação em todas as quatro regiões de atuação, com recuperação de um primeiro trimestre fraco na África e nas Américas.
O aumento dos volumes na Etiópia e na África do Sul mais que compensou um declínio na Nigéria, enquanto um mercado forte no México garantiu a expansão das vendas nas Américas, com quedas no Brasil, no Panamá e em menor grau nos Estados Unidos.
No Vietnã, um dos dois principais mercados da Heineken, o desempenho continuou firme. Na Europa, onde o crescimento do lucro foi o mais forte, os volumes foram maiores na França,Itália, Espanha e Portugal, ajudados por uma Páscoa mais tarde e pelo clima mais quente.
Nesta segunda-feira, a empresa reiterou que a expectativa é de crescimento da receita e do lucro em 2017.
"Embora as condições econômicas provavelmente permaneçam voláteis, nossas expectativas para o ano são inalteradas", afirmou Jean-Francois van Boxmeer, em comunicado.
A Heineken manteve a meta de alta de 0,4 ponto percentual na margem operacional por ano, embora excluindo a aquisição das operações brasileiras da japonesa Kirin e da cervejaria artesanal norte-americana Lagunitas, além da compra planejada da maioria dos pubs Punch Taverns no Reino Unido.
Mas a companhia disse que a aquisição no Brasil, consolidada a partir de 1º de junho, diluiria a margem em 0,4 ponto percentual neste ano.