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Guerra contra Positivo faz Apple antecipar fábrica no Brasil

Empresa de Steve Jobs quer negociar tablets com o governo antes que a fabricante brasileira lance produto equivalente no mercado doméstico

O iPad 2 despachado com a bagagem durante uma viagem aérea foi furtado (Mario Tama / Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2011 às 22h51.

São Paulo - Dentro de 15 dias o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, deverá anunciar a instalação de uma fábrica de tablets da Apple – os cobiçados iPads – no Brasil, segundo informações de uma fonte ligada à empresa. A chegada da empresa de Steve Jobs ao país ocorre em meio a rumores e um pouco de pressa. Tudo porque ela quer assumir a dianteira na fabricação do aparelho antes que a brasileira Positivo Informática coloque seus tablets no mercado – e, possivelmente, feche contratos de fornecimento com o governo federal. “A Positivo está preparando o lançamento de um tablet com sistema Android para o meio do ano e a Apple quer chegar antes”, afirmou a fonte ao site de VEJA.

A ‘invasão’ da gigante americana deverá ocorrer por meio da fabricante chinesa Foxconn, que já tem três fábricas no Brasil – em Jundiaí, Taubaté e Indaiatuba, produzindo para diversas multinacionais instaladas no país, como a Motorola. Segundo apurou o site de VEJA, a Apple vem fazendo, desde o ano passado, um estudo sobre o sistema tributário nacional. Seu objetivo é avaliar se a instalação da fábrica compensaria ante a opção de continuar a importar os produtos da Ásia. “Eu cheguei a ver o estudo e eles reiteraram o forte interesse em vir para cá, pois praticamente todos os concorrentes estão fabricando aqui”, afirmou executivo brasileiro que esteve na China no ano passado visitando as operações da Apple.

A chegada a São Paulo seria acompanhada de um benefício tributário. De acordo com a fonte ligada à empresa, a contrapartida para a isenção seria o fornecimento de tablets com generoso desconto aos alunos das escolas estaduais. Seria o primeiro passo para um objetivo maior: fechar um contrato com o governo federal.

A relação da Positivo Informática com o governo remonta a 2006, quando passou a liderar a lista de fornecedores de equipamentos a órgãos federais, como o Ministério da Educação (MEC). Logo em seguida, a fabricante passou a vencer os leilões de fornecimento de computadores para programas sociais de inclusão tecnológica, como o “Computador Para Todos”. Para se ter uma ideia, a empresa respondia em 2010 por 42,6% do fornecimento de equipamentos ao governo – um número 7,5 ponto porcentual maior do que no ano anterior, quando já mantinha a liderança.

Desde o início deste ano, vem sendo discutida a aprovação de uma emenda à Medida Provisória nº 517, que prevê a isenção dos impostos PIS e Cofins aos tablets – o equivalente a 9,25% do preço do produto. Tal resolução seria uma primeira investida do governo para baratear o custo do aparelho a toda a população. A medida seria ainda um pedido da própria presidente Dilma Rousseff e deve fazer parte do pacote de desonerações que, no início de maio, será anunciado como a nova política industrial.

A instalação de uma linha de produção no Brasil deverá ser benéfica para a Apple não apenas em seus planos de fornecimento ao governo. A empresa sofreu graves problemas de distribuição no país no início de 2011, quando teve que direcionar a maior parte de sua produção de iPhones à operadora americana Verizon, que iniciava as vendas do aparelho nos Estados Unidos. Com a produção nacional, o abastecimento não só do país, como de toda a América Latina, será favorecido, pois deixará de depender da produção da China.

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A ‘invasão’ da gigante americana deverá ocorrer por meio da fabricante chinesa Foxconn, que já tem três fábricas no Brasil – em Jundiaí, Taubaté e Indaiatuba, produzindo para diversas multinacionais instaladas no país, como a Motorola. Segundo apurou o site de VEJA, a Apple vem fazendo, desde o ano passado, um estudo sobre o sistema tributário nacional. Seu objetivo é avaliar se a instalação da fábrica compensaria ante a opção de continuar a importar os produtos da Ásia. “Eu cheguei a ver o estudo e eles reiteraram o forte interesse em vir para cá, pois praticamente todos os concorrentes estão fabricando aqui”, afirmou executivo brasileiro que esteve na China no ano passado visitando as operações da Apple.

A chegada a São Paulo seria acompanhada de um benefício tributário. De acordo com a fonte ligada à empresa, a contrapartida para a isenção seria o fornecimento de tablets com generoso desconto aos alunos das escolas estaduais. Seria o primeiro passo para um objetivo maior: fechar um contrato com o governo federal.

A relação da Positivo Informática com o governo remonta a 2006, quando passou a liderar a lista de fornecedores de equipamentos a órgãos federais, como o Ministério da Educação (MEC). Logo em seguida, a fabricante passou a vencer os leilões de fornecimento de computadores para programas sociais de inclusão tecnológica, como o “Computador Para Todos”. Para se ter uma ideia, a empresa respondia em 2010 por 42,6% do fornecimento de equipamentos ao governo – um número 7,5 ponto porcentual maior do que no ano anterior, quando já mantinha a liderança.

Desde o início deste ano, vem sendo discutida a aprovação de uma emenda à Medida Provisória nº 517, que prevê a isenção dos impostos PIS e Cofins aos tablets – o equivalente a 9,25% do preço do produto. Tal resolução seria uma primeira investida do governo para baratear o custo do aparelho a toda a população. A medida seria ainda um pedido da própria presidente Dilma Rousseff e deve fazer parte do pacote de desonerações que, no início de maio, será anunciado como a nova política industrial.

A instalação de uma linha de produção no Brasil deverá ser benéfica para a Apple não apenas em seus planos de fornecimento ao governo. A empresa sofreu graves problemas de distribuição no país no início de 2011, quando teve que direcionar a maior parte de sua produção de iPhones à operadora americana Verizon, que iniciava as vendas do aparelho nos Estados Unidos. Com a produção nacional, o abastecimento não só do país, como de toda a América Latina, será favorecido, pois deixará de depender da produção da China.

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