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Grupo Zegna compra 85% da marca Thom Browne em negócio de R$ 2 bi

Fundada em 2001, a marca ganhou fama por modernizar a alfaiataria masculina

Zegna: "Além dos benefícios imediatos relacionados a tecidos e apoio de manufatura, podemos alavancar o alcance global da Thom Browne" (LEO FELTRAN/VEJA)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de setembro de 2018 às 10h54.

Sem alarde, o grupo italiano Ermenegildo Zegna vem crescendo seu portfólio de marcas . Depois de adquirir participações na grife masculina indiana Raghavendra Rathore Jodhpur, na tecelagem Bonotto, na chapelaria Cappellificio Cervo e na empresa especializada em tecelagem de couro Pele Tessuta, todas italianas, anuncia a compra de 85% da grife Thom Browne.

Estimativas apontam que o valor da negociação gira em torno de 500 milhões de dólares (cerca de R$ 2.067.650.000).

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Fundada em 2001, a etiqueta ganhou fama por modernizar a alfaiataria masculina, alterando proporções, investindo em acabamentos e materiais primorosos, e trazendo alguma poesia para o guarda-roupa, especialmente por meio de belas imagens criadas em seus desfiles.

Desde 2011, ela oferece também criações femininas - Michelle Obama vestiu roupas dele na posse do marido, em 2013. Atualmente está presente em 300 pontos de venda em mais de 40 países, e em 31 lojas próprias nos EUA, na Itália, no Japão, na China, em Cingapura e na Coreia do Sul.

"Além dos benefícios imediatos relacionados a tecidos e apoio de manufatura, podemos alavancar o alcance global da Thom Browne. Mais importante, dividimos a mesma paixão por excelência e uma impecável alfaiataria moderna", declara Gildo Zegna, CEO do grupo italiano.

Thom, claro, também está empolgado com a novidade. "Com a Zegna, a marca terá um parceiro que não apenas entende os fundamentos do negócio, mas que os encarna verdadeiramente, e traz os conhecimentos e habilidades de um líder global", diz o designer, que continuará à frente da direção criativa da grife.

Norte-americano formado em economia, Browne manifesta interesse pela moda desde jovem. Começou a carreira como vendedor num showroom de Giorgio Armani, em Nova York. Trabalhou na marca Club Monaco, do grupo Ralph Lauren, onde liderou o departamento de design, antes de lançar sua marca própria em 2001. Entre 2009 e 2017, trabalhou na Moncler como diretor criativo da Gamme Bleu uma linha masculina mais conceitual da grife italiana. Por seu trabalho na moda masculina, foi premiado uma série de vezes, em 2006, 2013 e 2016, como Designer de Menswear do Ano pelo CFDA, o Conselho dos Designers de Moda da América. Na vida pessoal, vive com Andrew Bolton, o curador do Costume Institute do Metropolitan Museum of Art de Nova York.

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