Grupo dono do Ibmec muda de nome e mira expansão
Companhia passa a se chamar Adtalem Global Education, nome que, conforme disse a empresa, vem de um termo em Latim que significa "empoderar"
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de maio de 2017 às 10h01.
Última atualização em 25 de maio de 2017 às 10h47.
São Paulo - Sexto maior grupo de ensino privado no Brasil com mais de 110 mil alunos, a norte-americana Devry - grupo dono do Ibmec - anuncia uma mudança de nome.
A empresa passa a se chamar Adtalem Global Education, nome que, conforme disse a empresa, vem de um termo em Latim que significa "empoderar".
De acordo com o presidente da companhia no Brasil, Carlos Degas Filgueiras, a mudança reflete o novo foco de diversificação para além dos Estados Unidos. Após várias compras de instituições de ensino no Brasil, a empresa se prepara para entrar em outros países da América Latina.
"A gente acredita que o Ibmec tem força pra se tornar uma marca da América Latina, mas isso ainda não está decidido", comentou Degas. "Do ponto de vista operacional e de gestão vemos outros mercados com características muito semelhantes às do Brasil, caso do México e do Peru", concluiu.
Atualmente, o grupo possui 18 instituições de ensino no País. O grupo de origem norte-americana entrou no mercado brasileiro pelo Nordeste, ao adquirir a Fanor, de Fortaleza.
Em dezembro de 2014, com a compra da Damásio Educacional, de cursos preparatórios para carreiras jurídica e pública, a empresa chegou ao Sudeste. O maior investimento aqui foi a compra de 96,4% da rede de ensino Ibmec por R$ 699 milhões.
Os nomes das instituições de ensino não mudam, mas a operação brasileira passa a ser chamada de Adtalem Educacional do Brasil.
De acordo com Degas, o objetivo da alteração no nome grupo é refletir a diversificação dos negócios para além da rede Devry University, a instituição de ensino norte-americana que deu origem ao grupo.
O executivo considera que existe um "esforço grande" de globalização. Apesar da expansão no Brasil, ainda grande parte das receitas vêm dos EUA.
"O grupo está olhando vários outros países e selecionou algumas prioridades globais, inclusive na América Latina", concluiu.