Grupo de 20 motoristas da Uber protesta em SP contra app
Segundo um dos organizadores do ato, cerca de 2 mil motoristas desligaram os aplicativos e deixaram de atender corridas
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2016 às 14h08.
São Paulo - Um grupo de 20 motoristas da Uber protestou na manhã desta segunda-feira, 28, em frente ao Estádio do Pacaembu, na zona oeste da capital paulista , reivindicando reajuste das tarifas pagas pela empresa.
Eles reclamam que a redução de 15% no preço das corridas aplicada pela companhia recentemente diminui os lucros deles. O aplicativo fica com 20% de cada corrida.
Segundo Paulo Acras, um dos organizadores do ato, cerca de 2 mil deles desligaram os aplicativos e estão deixando de atender motoristas. Outros protestos acontecem em capitais do País que têm o serviço disponível.
Ao todo, são 10 mil colaboradores cadastrados no Brasil. A mobilização foi combinada por redes sociais e o total de colaboradores que não estão atendendo é uma estimativa feita pelos manifestantes a partir de confirmações de outros motoristas. Os prestadores de serviço da Uber não tem acesso ao total de aplicativos ligados ou desligados.
O ato em frente ao estádio foi considerado simbólico, já que os colaboradores esperam causar mais impacto deixando de atender os chamados de passageiros.
De acordo com Acras, a Uber não os recebe pessoalmente para dialogar. O motorista apresentou um estudo onde diz que o custo por quilômetro rodado é de uma média de R$ 1,48 por dia. Acras explica que a Uber paga R$ 1,04.
O estudo apresentado por Acras leva em conta motoristas que trabalham com carros alugados e não próprios, o que aumenta o custo dos colaboradores. "Se a Uber diz que a gente ganha dinheiro é mentira. No dia que eu mais lucrei trabalhei 16 horas", conta.
Sobre a baixa adesão ao protesto, ele explica que os motoristas têm medo de sofrer represálias da Uber. Alguns dos presentes esconderam as placas dos carros com jornais. Acras é economista e utiliza um automóvel alugado para trabalhar.
Já Fernando Silva, de 44 anos, trabalha como motorista e liga o aplicativo da Uber ao final do expediente. Ele também reclama do valor pago pela startup. "Não compensa trabalhar com a Uber por esse preço. É ilusão para quem entra e ninguém aguenta trabalhar 20 horas por dia", disse.
Procurada, a empresa disse que com base em dados de mais de 400 cidades onde existe o aplicativo, a Uber analisou que diminuir a tarifa pode ser mais vantajoso do que elevar os preços. A justificativa é de que os motoristas fazem "ainda mais viagens e continuam gerando tanta renda quanto antes, chegando até a ganhar a mais."
A empresa explica ainda que "o aumento na demanda significa que os parceiros passam a fazer mais por hora e ficam menos tempo rodando" entre um chamado e outro.
São Paulo - Um grupo de 20 motoristas da Uber protestou na manhã desta segunda-feira, 28, em frente ao Estádio do Pacaembu, na zona oeste da capital paulista , reivindicando reajuste das tarifas pagas pela empresa.
Eles reclamam que a redução de 15% no preço das corridas aplicada pela companhia recentemente diminui os lucros deles. O aplicativo fica com 20% de cada corrida.
Segundo Paulo Acras, um dos organizadores do ato, cerca de 2 mil deles desligaram os aplicativos e estão deixando de atender motoristas. Outros protestos acontecem em capitais do País que têm o serviço disponível.
Ao todo, são 10 mil colaboradores cadastrados no Brasil. A mobilização foi combinada por redes sociais e o total de colaboradores que não estão atendendo é uma estimativa feita pelos manifestantes a partir de confirmações de outros motoristas. Os prestadores de serviço da Uber não tem acesso ao total de aplicativos ligados ou desligados.
O ato em frente ao estádio foi considerado simbólico, já que os colaboradores esperam causar mais impacto deixando de atender os chamados de passageiros.
De acordo com Acras, a Uber não os recebe pessoalmente para dialogar. O motorista apresentou um estudo onde diz que o custo por quilômetro rodado é de uma média de R$ 1,48 por dia. Acras explica que a Uber paga R$ 1,04.
O estudo apresentado por Acras leva em conta motoristas que trabalham com carros alugados e não próprios, o que aumenta o custo dos colaboradores. "Se a Uber diz que a gente ganha dinheiro é mentira. No dia que eu mais lucrei trabalhei 16 horas", conta.
Sobre a baixa adesão ao protesto, ele explica que os motoristas têm medo de sofrer represálias da Uber. Alguns dos presentes esconderam as placas dos carros com jornais. Acras é economista e utiliza um automóvel alugado para trabalhar.
Já Fernando Silva, de 44 anos, trabalha como motorista e liga o aplicativo da Uber ao final do expediente. Ele também reclama do valor pago pela startup. "Não compensa trabalhar com a Uber por esse preço. É ilusão para quem entra e ninguém aguenta trabalhar 20 horas por dia", disse.
Procurada, a empresa disse que com base em dados de mais de 400 cidades onde existe o aplicativo, a Uber analisou que diminuir a tarifa pode ser mais vantajoso do que elevar os preços. A justificativa é de que os motoristas fazem "ainda mais viagens e continuam gerando tanta renda quanto antes, chegando até a ganhar a mais."
A empresa explica ainda que "o aumento na demanda significa que os parceiros passam a fazer mais por hora e ficam menos tempo rodando" entre um chamado e outro.