Groupon: as reclamações de consumidores e dos próprios comerciantes que oferecem descontos no site chegaram a colocar o modelo de negócios em xeque (Scott Olson/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 08h57.
São Paulo - Uma das vítimas mais recentes do processo vertiginoso de ascensão e queda característico da internet é o americano Groupon, líder mundial no segmento de vendas coletivas e que tem no Brasil um de seus maiores mercados.
Desde a hiperbólica abertura de capital há pouco mais de um ano, suas ações despencaram 75%. No fim de 2010, a empresa recusou uma oferta de compra do Google por US$ 6 bilhões - e agora vale pouco mais de metade disso na bolsa.
As reclamações de consumidores e dos próprios comerciantes que oferecem descontos no site chegaram a colocar o modelo de negócios em xeque.
Em 2012, o Groupon (assim como outras empresas do setor) foi chamado pelo Procon-SP para explicar o aumento nas reclamações de usuários.
O número de queixas no primeiro semestre superou todo o ano de 2011, atingindo 702 casos.
Entre os episódios, estavam empresas que ofereceram cupons demais, sem condições de atender os consumidores.
Diante da advertência, o Groupon iniciou uma série de ajustes e conseguiu reduzir o número de queixas no segundo semestre em 13%. Cometemos erros no passado, mas os novos filtros de qualidade viraram uma obsessão para nós.
Foi uma decisão estratégica do Groupon no Brasil em face às críticas ao setor, diz Miguel Queimado, presidente da companhia no Brasil.
Essas mudanças, no entanto, são apenas parte da história. Passada a euforia no setor, o mercado se pergunta sobre a sustentabilidade do modelo de compras coletivas.
O último levantamento da e-bit, empresa que consolida dados do e-commerce brasileiro, mostra que no primeiro semestre de 2012 as vendas online em geral cresceram 21% enquanto a receita dos sites de compra coletiva avançou apenas 2.