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Greve dos caminhoneiros traz prejuízo inesperado para a Avon

As vendas para a região sul da América Latina, que incluem o Brasil, caíram 8%, para 516,1 milhões de dólares no segundo trimestre

Avon: as ações que eram negociadas acima de 10 dólares menos de quatro anos atrás, agora valem um décimo disso (Brendan McDermid/Reuters)
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Reuters

Publicado em 2 de agosto de 2018 às 14h56.

A fabricante de cosméticos Avon divulgou um inesperado prejuízo trimestral nesta quinta-feira, sob impacto da greve dos caminhoneiros no Brasil no fim de maio, que atrasou embarques, enquanto a empresa contratou menos representantes de vendas, fazendo as ações caírem 10 por cento.

As vendas para a região sul da América Latina, que incluem o Brasil, caíram 8 por cento, para 516,1 milhões de dólares no segundo trimestre. A economia do país foi afetada pela greve de caminhoneiros de 11 dias em maio, em protesto contra o aumento dos preços do diesel.

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O volume representantes que vão de porta em porta vender diretamente os cosméticos e cremes da Avon caíram 4 por cento pelo segundo trimestre consecutivo.

O presidente-executivo da Avon, Jan Zijderveld, tem tentado transformar a icônica marca de cosméticos que enfrentou uma série de problemas, incluindo queda nas vendas e pressão dos acionistas. As ações que eram negociadas acima de 10 dólares menos de quatro anos atrás, agora valem um décimo disso.

Zijderveld planeja aumentar a produtividade dos revendedores meio de treinamento aprimorado e novos programas de incentivos de vendas. A empresa também planeja melhorar o serviço e os sistemas de previsão de vendas.

O executivo recentemente mudou a administração da empresa, nomeando um novo diretor digital e três novos gerentes gerais em seus principais mercados. Mas os resultados decepcionantes do trimestre mostram que os esforços para endireitar a empresa ainda têm um longo caminho adiante.

"Ainda não estamos satisfeitos com os resultados operacionais do trimestre", disse Zijderveld em comunicado.

O prejuízo líquido atribuível à empresa diminuiu para 36,1 milhões de dólares, ou 0,09 dólar por ação, ante 45,5 milhões de dólares, ou 0,12 dólar por ação, um ano antes.

Ajustado por itens extraordinários, a prejuízo foi de 7,8 milhões, ante estimativa média de analistas de 3,29 milhões de dólares, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.

A Avon teve prejuízo líquido ajustado de 0,03 dólar por ação, pior do que a estimativa média dos analistas. A receita total caiu 3 por cento, a 1,35 bilhão dólares, também abaixo da estimativa de 1,39 bilhão dólares.

 

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