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Gradiente aprova recuperação extrajudicial na Justiça

Gradiente obteve apoio suficiente de credores para homologar o plano, diz magistrado

Staub, presidente da Gradiente: negociação árida com credores
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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2011 às 18h25.

Última atualização em 3 de agosto de 2018 às 17h49.

São Paulo - A 2ª Vara de Falências do Tribunal de Justiça de São Paulo homologou, nesta segunda-feira (24/5), o plano de recuperação extrajudicial da Gradiente. Em seu despacho, o juiz Caio Marcelo Mendes de Oliveira afirmou que "o que prevalece aqui é a vontade da maioria, que aceitou a forma de atualização e incidência de juros proposta pela devedora".

Desde que foi aprovado pelos credores, em 25 de janeiro, o plano da Gradiente era alvo de dúvidas. Parte dos credores discordava dos termos do acordo, o que ameaçava a sua implantação. O magistrado, porém, considerou que o impasse era prejudicial a todos. Segundo o despacho, "a demora na solução da questão acaba por trazer transtornos à devedora, com inconvenientes que se refletem nos demais direitos dos credores".

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Com o aval da Justiça, a Gradiente pode, agora, colocar em curso sua reestruturação. De acordo com o plano aprovado pela assembléia, no final de janeiro, a companhia terá uma carência de dois anos, a partir de 1º de janeiro de 2010, para iniciar o pagamento de suas dívidas. A amortização ocorrerá em 28 parcelas trimestrais, vencendo em janeiro de 2019. O saldo devedor sofrerá correção de CDI mais 0,67% ao ano.

O plano também prevê o arrendamento da fábrica e da marca Gradiente - com opção de compra - para a Companhia Brasileira de Tecnologia Digital (CBTD). Este será o braço operacional do grupo e poderá receber aporte financeiro de outros investidores. Já a empresa mudará sua razão social para IGB Eletrônica.

Comandada pelo empresário Eugênio Staub, a Gradiente encontra-se atolada em problemas financeiros há três anos. Além da concorrência mais acirrada, o que derrubou a empresa, segundo o próprio Staub já afirmou em público, foram dois movimentos. O primeiro foi a compra da Philco, então controlada pela família Setúbal, em 2005 por 60 milhões de reais. Dois anos depois, a empresa foi vendida por 22 milhões de reais, a fim de reduzir o rombo financeiro. Outro problema foram falhas administrativas que, em 2007, praticamente paralisaram a companhia.

 

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