Governo chileno vai investigar fusão entre TAM e LAN
Órgão responsável pela livre concorrência vai analisar se fusão gera concentração de mercado acima do permitido
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.
Santiago - A 'Fiscalía Nacional Económica' (FNE), órgão do governo do Chile encarregado de supervisionar a livre concorrência, investigará o projeto de fusão entre a companhia aérea chilena LAN e a brasileira TAM, anunciado semana passada. O objetivo é determinar se está em conformidade com os limites de concentração de empresas fixados pela legislação, informou a instituição, nesta quinta-feira.
O fiscal nacional econômico Felipe Irarrázabal instruiu a abertura de um exame para determinar se o acordo supera os limites de concentração nas viagens realizadas de Santiago a Assunção, São Paulo e Rio de Janeiro.
"A informação pública dá conta de que os índices e suas variações superam os limites definidos para as rotas Santiago-Assunção, Santiago-São Paulo e Santiago-Rio, o que justifica a abertura de investigação", assegurou a FNE.
A FNE, encarregada de supervisionar a concorrência no Chile, deverá determinar se existe alguma falta, e em caso afirmativo, o tribunal especializado se encarregará de rever o caso.
As companhias aéreas brasileira TAM e a chilena LAN, duas das mais importantes da América Latina, chegaram a um acordo de fusão de suas atividades num novo grupo, Latam Airlines.
A fusão, que permitiria economia de até 400 milhões de dólares anuais em gastos de funcionamento, está sujeita a "aprovações corporativas e dos acionistas, assim como das autoridades regulatórias" dos dois países, assinalaram as empresas na sexta-feira passada.
A LAN Chile serve a 70 destinos e a brasileira TAM, a 62. Ambas possuem um total de 241 aeronaves (98 da empresa chilena e 143 da brasileira), destinadas tanto ao transporte de passageiros quanto de carga.
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