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Google e Facebook mostram poder de duopólio de anúncios

Este ano, as duas gigantes devem obter metade de toda a receita mundial de publicidade na internet e mais de 60% nos EUA

Facebook: a Snap e Twitter lutam para manter o crescimento e reduzir perdas (Dado Ruvic/Reuters)
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Reuters

Publicado em 28 de julho de 2017 às 17h02.

São Francisco - Os resultados trimestrais da Alphabet e do Facebook deram novas evidências esta semana de que o mercado de anúncios digitais se tornou efetivamente um duopólio, dinâmica com profundas implicações para os dois titãs do Vale do Silício.

A Alphabet, dona do Google e do Youtube, e o Facebook, maior rede social do mundo, produziram cada um bilhões em lucros no último trimestre e aproveitaram acentuados aumentos de receitas, enquanto rivais menores, como a Snap e Twitter lutam para manter o crescimento e reduzir perdas.

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Este ano, as duas gigantes devem obter metade de toda a receita mundial de publicidade na internet e mais de 60 por cento nos EUA, de acordo com a empresa de pesquisas eMarketer.

Os anunciantes estão correndo para o Facebook e o Google por alcançarem bilhões de pessoas, são ricos em dados e podem ser usados para marketing específico.

Sua crescente dominância, porém, levanta questões sobre como usarão seus bilhões em lucros para manter o crescimento quando o mercado de publicidade como um todo está crescendo modestamente.

"Os anúncios digitais em breve chegarão a um ponto de saturação, indicando que há limites para crescer, o que pode não ser totalmente considerado pela comunidade de investimentos", disse o analista sênior da Pivotal Research, Brian Wieser.

O advento de um duopólio também levanta temores em relação a práticas de monopólio. O Google este mês reservou 2,7 bilhões de dólares para pagar multa antitruste recorde na União Europeia por ter favorecido seu serviço de compras nos resultados de buscas e enfrenta duas outras investigações na Europa.

O Facebook não quis comentar. No passado, a empresa rejeitou a ideia de que faz parte de um duopólio, dizendo que compete contra mais de apenas plataformas digitais e detém menos de cinco por cento do mercado geral de anúncios. A Alphabet não respondeu a pedidos de comentários.

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