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Goldman Sachs faz mudanças na operação brasileira

Empresa vai fechar sua gestora de recursos no Brasil que cuida de fundos locais. Banco também informou que vai dobrar o capital no Brasil, para cerca de R$ 800 milhões

Goldman Sachs: o objetivo da injeção de recursos é crescer em segmentos que exigem maior disponibilidade de capital (foto/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2012 às 14h23.

São Paulo - O banco Goldman Sachs anunciou hoje aos seus funcionários que vai fechar sua gestora de recursos no Brasil que cuida de fundos locais – manterá apenas os fundos off-shore. Divulgou ainda que dobrará o capital do banco no país, para cerca de 800 milhões de reais. “A mudança faz parte de um ajuste da estratégia do banco no Brasil”, disse há pouco Alejandro Vollbrechthausen, presidente da instituição no país.

O objetivo da injeção de recursos é crescer em segmentos que exigem maior disponibilidade de capital, como empréstimos estruturados a empresas, emissão de títulos de renda fixa e operações com derivativos. “Este não foi o primeiro nem será nosso último aumento de capital no país”, disse Paulo Leme, presidente do conselho de administração do Goldman no Brasil.

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Já o fechamento da gestora no país foi decidido porque essa área não atingiu o tamanho e a rentabilidade desejados pela cúpula do banco, afirmaram os executivos. Tinha apenas 320 milhões de reais sob gestão. A partir de agora, os fundos multimercados, de ações e renda em moeda local serão transferidos para uma outra gestora que está sendo selecionado pelo Goldman. Ou seja, o banco não fará mais a gestão dessas carteiras, mas elas não serão encarradas. Os clientes que quiserem manter seus investimentos poderão fazer isso em outra gestora.

Cerca de dez profissionais cuidavam da gestão de fundos locais do banco. A meta inicial, segundo Vollbrechthausen, é transferi-los para outras áreas do banco. O Goldman manterá uma área de gestão de recursos no país aqui dedicada a cuidar das estratégias de investimento em ativos brasileiros para os fundos da instituição no exterior.

Uma reportagem publicada por EXAME no fim de 2011 mostrava as dificuldades do banco no Brasil. Depois de reiterar repetidas vezes que o objetivo do Goldman continua a ser crescer aqui, Vollbrechthausen disse que a nova sede do banco no país tem “espaços ociosos”. “Podemos aumentar nosso quadro de funcionários em até 65%”, disse ele. Hoje, a instituição tem 315 funcionários no Brasil.

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