Negócios

GOL pode buscar oportunidades de voos internacionais

Oliveira Junior voltou a negar que a empresa esteja negociando a venda de uma nova parcela da empresa para a companhia Delta

Constantino de Oliveira Júnior: "Podemos começar com voos charters que, dependendo da consistência, podem se tornar voos regulares." (Lia Lubambo / Exame)

Constantino de Oliveira Júnior: "Podemos começar com voos charters que, dependendo da consistência, podem se tornar voos regulares." (Lia Lubambo / Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2012 às 13h09.

São Paulo - A Gol pode procurar novas oportunidades de negócios no mercado internacional. A afirmação foi feita nesta sexta-feira pelo presidente da empresa, Constantino de Oliveira Junior, durante teleconferência com jornalistas. "Não temos nada em vista, mas vamos observar essas possibilidades", afirmou. "Podemos começar com voos charters que, dependendo da consistência, podem se tornar voos regulares."

O executivo falou a respeito ao ser questionado se a empresa estaria em busca de outras oportunidades como o voo para Miami, via Caracas, na Venezuela, que deve começar a ser operado nos próximos meses - já que iniciativas do gênero devem elevar as receitas em dólar da empresa.

Constantino disse, porém, que esse tipo de oportunidade tem de ser analisada caso a caso, porque ela também eleva as despesas em moeda estrangeira. "Vamos continuar olhando oportunidades, mas não colocaremos em risco a perspectiva de melhora nas margens operacionais com a busca de mais receita em dólar", afirmou.

Boatos

Oliveira Junior voltou a negar que a empresa esteja negociando a venda de uma nova parcela da empresa para a companhia Delta, que já possui cerca de 3% do capital da companhia (negócio fechado em dezembro do ano passado). "É boato", afirmou.

Sobre o programa de fidelidade Smiles, o vice-presidente de Finanças, Leonardo Pereira, disse que o cronograma previsto inicialmente não sofreu alterações e que a intenção da companhia é recolher dados sobre uma possível separação do Smiles em uma empresa independente (spin-off), a exemplo do que a TAM fez com o Multiplus, até o fim do primeiro semestre de 2013. O Boston Consulting Group foi contrato no início deste ano para assessorar a companhia aérea nesse processo.

Oliveira Junior também negou que a empresa esteja negociando a compra da aérea regional Passaredo, que há tempos é comentada no mercado. Segundo ele, as conversações entre as duas companhias referem-se apenas ao "aprimoramento" do acordo de codeshare já existente. O executivo reforçou que o mesmo ocorre com a Delta. "Todas as tratativas (com as duas empresas) não passam desse aprimoramento dos acordos de codeshare", disse.

Participação de mercado

A participação de mercado da Gol nos voos domésticos, que hoje gira em torno de 35%, deve se manter neste patamar ao longo do ano, avaliou Oliveira Junior. Segundo os dados mais recentes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a TAM e a Gol lideraram o mercado doméstico em março, com participação de 38,25% e 34,44%, respectivamente. No acumulado do primeiro trimestre de 2012, a participação das duas empresas alcançou 39,42% e 34,30%, respectivamente. Mas ambas vêm perdendo fatia de mercado para as companhias menores nos últimos meses.

"Estimamos um crescimento de 5% a 7% da demanda para nós. Se isso se confirmar, não teremos mais perda (de participação de mercado) em função dessa racionalização", afirmou o executivo. A racionalização a que ele se refere diz respeito à adição de oferta no mercado, que deve ser negativa esse ano, tanto por parte da Gol como da TAM. De acordo com Constantino, isso deve fazer que as taxas de ocupação, que também registraram queda nos últimos meses em relação ao mesmo período do ano passado, devem melhorar.

Acompanhe tudo sobre:AviaçãoBilionários brasileiroscompanhias-aereasConstantino de Oliveira JúniorEmpresáriosEmpresasEmpresas brasileirasGol Linhas AéreasPersonalidadesServiçosSetor de transporte

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia