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GOL e Infraero podem pagar R$ 300 mil por caso de cadeirante

A companhia aérea e a administradora do aeroporto de Foz do Iguaçu foram notificadas a esclarecer embarque inadequado de executiva com deficiência

Problema: por falta de equipamento adequado, Katya se arrastou por escada para entrar em avião (Reprodução/Facebook/Katya Hemelrijk da Silva)

Luísa Melo

Publicado em 3 de dezembro de 2014 às 13h15.

São Paulo - A GOL e a Infraero podem pagar até 300 mil reais por conta do embarque inadequado da cadeirante Katya Hemelrijk da Silva, na madrugada segunda-feira (1), no aeroporto de Foz do Iguaçu (PR).

A Anac (Agência de Aviação Civil) informou em seu site que notificou ambas as empresas para que elas prestem informações sobre ocorrido. Segundo o órgão, as irregularidades na conduta da companhia e/ou do operador podem resultar na multa.

Por falta de equipamentos que permitem o acesso de pessoas com deficiência disponíveis no momento do embarque, a executiva precisou se arrastar por uma escada para conseguir entrar em um avião da GOL.

O voo, de número 1076, partia de Foz do Iguaçu para Curitiba (PR). Katya tem osteogênese imperfeita, doença conhecida como síndrome dos "ossos de cristal", e por isso, não aceitou ser carregada pela tripulação, conforme contou em sua página no Facebook.

Ela também se recusou a esperar quatro horas para decolar, tempo necessário para que o aparelho que a ajudaria a entrar na aeronave estivesse pronto para uso, por ter compromissos.

Na rede social, Katya afirmou ainda que não pretende processar a GOL e que a companhia foi "extremamente atenciosa" com ela durante e após o incidente.

Procuradas por EXAME.com, tanto a GOL quanto a Infraero disseram que ainda não receberam a notificação da Anac.

Responsabilidade

Na terça feira (2), a GOL informou em nota que o stair trac (elevador portátil para cadeira de rodas capaz de “escalar” degraus) da base de Foz do Iguaçu não estava disponível para uso na manhã do dia 1º de dezembro e "por isso não pôde ser utilizado".

A empresa disse ainda que tentou sem sucesso conseguir o aparelho com outras companhias aéreas e que "ofereceu outras alternativas para a cliente, que optou por seguir sem a ajuda dos colaboradores".

A GOL afirmou ainda que lamenta o ocorrido e que "tomará todas as medidas necessárias para evitar que casos como esse voltem a acontecer".

Ainda na terça-feira, a Infraero (que administra o aeroporto de Foz do Iguaçu) comunicou em nota que, conforme resolução da Anac, atualmente os procedimentos de embarque e desembarque são de responsabilidade das empresas áreas.

Porém, o mesmo documento estabelece que, a partir do ano que vem, a administração dos aeroportos é que deverá oferecer o equipamento que permite o acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida aos aviões.

A estatal disse que, por conta da mudança em 2015, já adquiriu 15 ambulifts (espécie de carro com elevador que transporta cadeiras de rodas), num investimento de 9,68 milhões de reais. O aeroporto de Foz do Iguaçu, entretanto, ainda não possui nenhum deles.

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São Paulo - A GOL e a Infraero podem pagar até 300 mil reais por conta do embarque inadequado da cadeirante Katya Hemelrijk da Silva, na madrugada segunda-feira (1), no aeroporto de Foz do Iguaçu (PR).

A Anac (Agência de Aviação Civil) informou em seu site que notificou ambas as empresas para que elas prestem informações sobre ocorrido. Segundo o órgão, as irregularidades na conduta da companhia e/ou do operador podem resultar na multa.

Por falta de equipamentos que permitem o acesso de pessoas com deficiência disponíveis no momento do embarque, a executiva precisou se arrastar por uma escada para conseguir entrar em um avião da GOL.

O voo, de número 1076, partia de Foz do Iguaçu para Curitiba (PR). Katya tem osteogênese imperfeita, doença conhecida como síndrome dos "ossos de cristal", e por isso, não aceitou ser carregada pela tripulação, conforme contou em sua página no Facebook.

Ela também se recusou a esperar quatro horas para decolar, tempo necessário para que o aparelho que a ajudaria a entrar na aeronave estivesse pronto para uso, por ter compromissos.

Na rede social, Katya afirmou ainda que não pretende processar a GOL e que a companhia foi "extremamente atenciosa" com ela durante e após o incidente.

Procuradas por EXAME.com, tanto a GOL quanto a Infraero disseram que ainda não receberam a notificação da Anac.

Responsabilidade

Na terça feira (2), a GOL informou em nota que o stair trac (elevador portátil para cadeira de rodas capaz de “escalar” degraus) da base de Foz do Iguaçu não estava disponível para uso na manhã do dia 1º de dezembro e "por isso não pôde ser utilizado".

A empresa disse ainda que tentou sem sucesso conseguir o aparelho com outras companhias aéreas e que "ofereceu outras alternativas para a cliente, que optou por seguir sem a ajuda dos colaboradores".

A GOL afirmou ainda que lamenta o ocorrido e que "tomará todas as medidas necessárias para evitar que casos como esse voltem a acontecer".

Ainda na terça-feira, a Infraero (que administra o aeroporto de Foz do Iguaçu) comunicou em nota que, conforme resolução da Anac, atualmente os procedimentos de embarque e desembarque são de responsabilidade das empresas áreas.

Porém, o mesmo documento estabelece que, a partir do ano que vem, a administração dos aeroportos é que deverá oferecer o equipamento que permite o acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida aos aviões.

A estatal disse que, por conta da mudança em 2015, já adquiriu 15 ambulifts (espécie de carro com elevador que transporta cadeiras de rodas), num investimento de 9,68 milhões de reais. O aeroporto de Foz do Iguaçu, entretanto, ainda não possui nenhum deles.

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