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Futuro das agências está na diversificação, diz EFE

José Antonio Vera, presidente da agência de notícias EFE, disse que, apesar das redes sociais, nem o jornalismo e nem as agências de notícias vão desaparecer


	De acordo com o presidente da EFE, as agências precisam fornecer informações nos formatos de texto, foto, vídeo e digital, enquanto os jornalistas terão que ser cada vez mais "multimídia"
 (Getty Images)

De acordo com o presidente da EFE, as agências precisam fornecer informações nos formatos de texto, foto, vídeo e digital, enquanto os jornalistas terão que ser cada vez mais "multimídia" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2012 às 06h47.

São Paulo - As agências de notícias devem diversificar seus serviços para se manterem competitivas durante essa transformação do mundo do jornalismo, cujo futuro é multimídia, disse neste domingo o presidente da Agência EFE, José Antonio Vera, ao discursar na 68ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).

Vera participou, em São Paulo, do painel "O Futuro do Jornalismo" junto com o diretor-executivo do jornal "Folha de S.Paulo", Sérgio Dávila, e o diretor de conteúdo do "Grupo Estado", Ricardo Gandour.

Em seu discurso, Vera abordou as perspectivas da mídia impressa na era da internet e destacou que, apesar do crescimento das redes sociais, nem o jornalismo e nem as agências de notícias vão desaparecer, mas terão que se ajustar ao novo contexto midiático, tal como ocorreu com a chegada do rádio e da televisão.

"As agências de notícias não vão desaparecer, mas devem se transformar", manifestou o presidente da EFE perante um público formado por jornalistas, acadêmicos e estudantes de comunicação.

Segundo Vera, para se adaptar ao "novo cenário midiático", as agências têm que fornecer informações nos formatos de texto, foto, vídeo e digital, enquanto os jornalistas terão que ser cada vez mais "multimídia", sem esquecer que "a especialização é uma conquista histórica também neste âmbito".

A necessidade do jornalista multimídia foi igualmente abordada por Dávila, que disse que os profissionais que manejem apenas um tipo de suporte "serão exceção e não regra".

"Respondendo a pergunta se o jornalista terá que ser multimídia, a resposta é sim, porque se não for, não vai ter emprego", manifestou o diretor-executivo da Folha.

Gandour, por sua vez, disse que é necessário entender os novos desafios do mundo da informação, mas, ao mesmo tempo, "voltar a visitar os fundamentos do jornalismo", ter uma atitude, um método jornalístico e um domínio da narração.

O diretor de conteúdo do "Grupo Estado" também destacou a importância do jornalismo multimídia ao assinalar que "hoje não se concebe uma notícia que não inclua outro suporte" como o vídeo, por exemplo.


O presidente da EFE chamou a atenção sobre a necessidade de que, para atender os desafios do futuro, as agências "têm que saber consolidar sua posição de veículos sérios" e se "mostrarem imprescindíveis para os grandes servidores de multimídia".

"Temos que oferecer notícias próprias. Se temos conteúdo próprio, nossos principais clientes seguirão com nossos serviços", explicou.

Sobre a diversificação dos produtos das agências, Vera disse que é necessário ir além das notícias tradicionais e oferecer serviços de transmissão de comunicados, elaboração de análises, entre outros.

"O desafio está no benefício e em tirar proveito com modelos de negócio da era digital", disse.

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