Fusões de emergentes superam Europa pela 1ª vez
A atividade de fusão e aquisição dos mercados emergentes responde por 30% do volume global até agora em 2010
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.
Nova York - Pela primeira vez na história, o volume em dólares da atividade de fusão e aquisição tendo empresas de mercados emergentes como alvo superou o de empresas europeias.
Segundo dados da consultoria Dealogic, os negócios com empresas de mercados emergentes do começo do ano até agora subiram 66% em relação ao mesmo período de 2009, chegando a US$ 569,5 bilhões. O volume das transações envolvendo empresas europeias aumentou 19%, para US$ 541 bilhões no ano.
Além disso, o número de acordos anunciados em 2010 envolvendo empresas de países emergentes superou o de empresas da Europa pelo quarto ano seguido, com 9.985 acordos divulgados, contra 9.660.
Este é o sinal mais recente do crescente domínio dos mercados emergentes em atividades de fusões e aquisições, uma tendência que não passou despercebida pelos maiores dealmakers dos EUA, como por exemplo a Evercore Partners.
O banco de investimentos, com sede em Nova York, anunciou hoje que está adquirindo uma participação de 50% na brasileira G5 Advisors por US$ 20 milhões, para aproveitar a crescente atividade de fusão e aquisição no Brasil.
A atividade de fusão e aquisição dos mercados emergentes responde por 30% do volume global até agora em 2010, a maior participação porcentual da história. Ao mesmo tempo, a participação da Europa caiu para 29%, a menor participação porcentual desde 1998.
A maior parte das empresas de mercados emergentes alvo de fusões e aquisições está na China, onde o volume subiu para US$ 132,7 bilhões em 2010, respondendo por 23% do volume total dos mercados emergentes.
A Dealogic acrescentou que o Credit Suisse é o consultor líder em acordos envolvendo empresas de mercados emergentes, com US$ 102,5 bilhões até agora em 2010, seguido pelo Morgan Stanley, com US$ 88,3 bilhões, e pelo Bank of America Merrill Lynch, com US$ 72,7 bilhões. As informações são da Dow Jones.
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