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Ford inaugura fábrica de motores na Bahia, vê retomada

Companhia busca reforçar sua presença no segmento de compactos no país com o início da produção do novo Ka no segundo semestre

Fábrica da Ford: inauguração ocorre em um momento em que o mercado brasileiro de veículos enfrenta forte desaceleração em relação ao crescimento de dois dígitos dos últimos anos (Julia Carvalho/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 14h33.

São Paulo - A Ford , quarta maior montadora de veículos do Brasil, inaugurou nesta quarta-feira uma fábrica de motores para automóveis em seu complexo fabril na Bahia , em investimentos de 400 milhões de reais para reforçar sua presença no segmento de compactos no país com o início da produção do novo Ka no segundo semestre.

A unidade, com capacidade para 210 mil motores por ano, é a primeira fábrica de propulsores de automóveis do Nordeste, que tem recebido investimentos crescentes nos últimos anos por parte do setor, com fábricas da chinesa JAC, também na Bahia, e a segunda fábrica de automóveis da Fiat no Brasil, em Pernambuco.

A inauguração, porém, ocorre em um momento em que o mercado brasileiro de veículos enfrenta forte desaceleração em relação ao crescimento de dois dígitos dos últimos anos, diante de oferta de crédito mais restrita, endividamento elevado das famílias e crescimento lento da economia.

"A melhor maneira de enfrentar momentos difíceis é partir para o ataque. Não temos intenção de desacelerar nosso investimento em produtos aqui na região", disse o vice-presidente de assuntos corpotativos da Ford América do Sul, Rogélio Golfarb.

O investimento na fábrica faz parte do pacote de 4,5 bilhões de reais orçado pela Ford para o Brasil para o período de 2011 a 2015 e que prevê renovação da linha de veículos da marca para modelos globais, vendidos pela companhia em vários mercados do mundo.

As vendas de veículos novos no Brasil no primeiro trimestre caíram 2 por cento sobre o mesmo período de 2013, ante perspectiva do setor de crescimento em 2014 de 1,1 por cento. A produção, enquanto isso, tombou 8 por cento.

O segmento de caminhões, que vinha mostrando forte crescimento, teve queda de vendas de mais de 11 por cento, obrigando montadoras como Mercedes-Benz, Scania e a própria Ford a adotar esquemas para adequar a produção ao recuo das vendas.


Golfarb, porém, afirmou que está vendo uma retomada no segmento de caminhões, depois que o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) voltou na semana passada com a modalidade simplificada de crédito para o segmento, travado no início do ano pela demora na aprovação da prorrogação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI).

"Isto é importantíssimo para o segmento. Ainda não está claro o impacto, mas já estamos vendo uma retomada. Sem dúvida nenhuma vai melhorar (as vendas de caminhões) em relação ao que vimos no primeiro trimestre", afirmou.

Perguntado sobre uma eventual necessidade de estímulos adicionais ao setor de veículos diante da desaceleração do mercado nos últimos meses, Golfarb comentou que o retorno das alíquotas normais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no meio do ano representa "um desafio grande".

"Já no ano passado houve uma desaceleração e, quando se olha o cenário de vendas e produção de março, uma retomada dos níveis originais do IPI no meio deste ano vai colocar uma pressão grande para a indústria", disse o executivo.

No caso dos veículos 1.0, a alíquota zero do imposto foi elevada para 3 por cento em janeiro e deverá voltar aos 7 por cento normais em julho, conforme termos decididos pelo governo no final do ano passado.

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São Paulo - A Ford , quarta maior montadora de veículos do Brasil, inaugurou nesta quarta-feira uma fábrica de motores para automóveis em seu complexo fabril na Bahia , em investimentos de 400 milhões de reais para reforçar sua presença no segmento de compactos no país com o início da produção do novo Ka no segundo semestre.

A unidade, com capacidade para 210 mil motores por ano, é a primeira fábrica de propulsores de automóveis do Nordeste, que tem recebido investimentos crescentes nos últimos anos por parte do setor, com fábricas da chinesa JAC, também na Bahia, e a segunda fábrica de automóveis da Fiat no Brasil, em Pernambuco.

A inauguração, porém, ocorre em um momento em que o mercado brasileiro de veículos enfrenta forte desaceleração em relação ao crescimento de dois dígitos dos últimos anos, diante de oferta de crédito mais restrita, endividamento elevado das famílias e crescimento lento da economia.

"A melhor maneira de enfrentar momentos difíceis é partir para o ataque. Não temos intenção de desacelerar nosso investimento em produtos aqui na região", disse o vice-presidente de assuntos corpotativos da Ford América do Sul, Rogélio Golfarb.

O investimento na fábrica faz parte do pacote de 4,5 bilhões de reais orçado pela Ford para o Brasil para o período de 2011 a 2015 e que prevê renovação da linha de veículos da marca para modelos globais, vendidos pela companhia em vários mercados do mundo.

As vendas de veículos novos no Brasil no primeiro trimestre caíram 2 por cento sobre o mesmo período de 2013, ante perspectiva do setor de crescimento em 2014 de 1,1 por cento. A produção, enquanto isso, tombou 8 por cento.

O segmento de caminhões, que vinha mostrando forte crescimento, teve queda de vendas de mais de 11 por cento, obrigando montadoras como Mercedes-Benz, Scania e a própria Ford a adotar esquemas para adequar a produção ao recuo das vendas.


Golfarb, porém, afirmou que está vendo uma retomada no segmento de caminhões, depois que o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) voltou na semana passada com a modalidade simplificada de crédito para o segmento, travado no início do ano pela demora na aprovação da prorrogação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI).

"Isto é importantíssimo para o segmento. Ainda não está claro o impacto, mas já estamos vendo uma retomada. Sem dúvida nenhuma vai melhorar (as vendas de caminhões) em relação ao que vimos no primeiro trimestre", afirmou.

Perguntado sobre uma eventual necessidade de estímulos adicionais ao setor de veículos diante da desaceleração do mercado nos últimos meses, Golfarb comentou que o retorno das alíquotas normais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no meio do ano representa "um desafio grande".

"Já no ano passado houve uma desaceleração e, quando se olha o cenário de vendas e produção de março, uma retomada dos níveis originais do IPI no meio deste ano vai colocar uma pressão grande para a indústria", disse o executivo.

No caso dos veículos 1.0, a alíquota zero do imposto foi elevada para 3 por cento em janeiro e deverá voltar aos 7 por cento normais em julho, conforme termos decididos pelo governo no final do ano passado.

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