Fiesp quer retomada em 45 dias após covid-19 controlada. O que abre antes?
Cronograma sugerido pela associação das indústrias paulistas define reabertura das empresas segundo grau de essencialidade da atividade
Prédio da Fiesp: entidade também defende escalonamento dos horários de entrada e saída dos trabalhadores (Julia Moraes/Fiesp/Divulgação)
20 de abril de 2020, 17h27
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) propôs neste final de semana um plano para a retomada da atividade econômica em 45 dias quando as autoridades públicas considerarem que a disseminação do novo coronavírus, que causa a infecção respiratória covid-19, estiver sob controle.
Em documento enviado a seus associados, a Fiesp defende que a reabertura das empresas seja feita o mais breve possível, desde que respeitados os requisitos estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
No plano desenhado pela Fiesp, o primeiro passo é começar um distanciamento social seletivo, ou seja, dos cidadãos que se enquadrem nos grupos de risco para a covid-19, notadamente os idosos e quem tem outras condições de saúde como cardiopatias, diabetes e hipertensão. Os infectados também devem continuar em quarentena domiciliar.
Segundo o plano, o uso de máscas deve ser amplamente disseminado. Os estabelecimentos comerciais precisam definir horários alternados para a entrada e saída de funcionários a fim de evitar a superlotação no transporte coletivo. Eventos que concentrem um grande número de pessoas continuariam suspensos.
O cronograma sugerido pela Fiesp estabelece que o retorno gradual às atividades seja feito de acordo com o grau de essencialidade do setor.
Os primeiros estabelecimentos a ser reabertos seriam creches e escolas, lojas de rua e restaurantes. Depois de 14 dias, os shopping centers e prestadores de serviço como os salões de beleza poderiam retomar suas atividades. Mais 14 dias e os parques também voltariam a receber frequentadores, com controle de entrada. Por volta do dia 45, as academias de ginástica, os teatros, os museus e as universidades seriam autorizados a reabrir. Ao longo de todo esse período, uma reavaliação seria feita a cada 7 dias para medir e estudar os efeitos da retomada.
A Fiesp também sugere como os horários de entrada e saída dos funcionários devem ser escalonados, dividindo as empresas em grupos setoriais.
No grupo 1, que inclui fábricas, empresas agropecuárias e de utilidade pública como água, esgoto e energia, os empregados devem chegar às 6h e sair às 15h. No 2, de serviços de construção, alimentação e comércio atacadista, a entrada seria às 8h e a saída, às 17h. No 3, de serviços de escritório, financeiros, informação e comunicação e reparos de veículos, os funcionários poderiam chegar às 10h e sair às 19h. O grupo 4, de varejo, seleção e agenciamento de mão de obra, artes e cultura, agências de turismo e demais serviços, receberia os colaboradores às 12h e liberaria às 21h.
Todas as empresas precisariam reforçar a comunicação e o treinamento dos funcionários quanto às medidas de prevenção ao novo coronavírus, distanciamento no local de trabalho e limpeza e desinfecção dos ambientes, de acordo com o plano da Fiesp.
Na sexta-feira, 17, o governador de São Paulo, João Doria Junior, estendeu a quarentena nos 645 municípios do estado até 10 de maio. Foi a segunda prorrogação da quarentena, que começou em 24 de março. São Paulo é o estado com o maior número de casos da covid-19: 13.894 infectados e 991 mortes até ontem.
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