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Fibria vê benefícios em cenário de altos preços de energia

Venda no mercado livre da energia excedente de suas fábricas deverá ajudar a empresa a controlar os custos neste ano

Fibria: no setor de celulose, é comum que as fabricantes aproveitem a energia gerada no processo de produção e inclusive revendam energia excedente (Ricardo Teles/Fibria)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2014 às 12h56.

São Paulo - A produtora de celulose Fibria vê benefícios para seus resultados devido ao atual cenário de preços mais altos de energia, afirmou o presidente da companhia, Marcelo Castelli, em teleconferência com jornalistas nesta quinta-feira.

De acordo com o executivo, a venda no mercado livre da energia excedente de suas fábricas, gerada durante o processo de produção da celulose, também deverá ajudar a empresa a controlar os custos neste ano.

"O momento energético do país, elevando significativamente os preços no mercado livre, nos beneficia. É um adicional de receita", disse Castelli.

No setor de celulose, é comum que as fabricantes aproveitem a energia gerada no processo de produção e inclusive revendam energia excedente. Em março, a Suzano já havia indicado que estava vendendo no mercado livre energia de unidade recém-inaugurada, a preços elevados.

Segundo Castelli, a Fibria tem como estratégia manter parte das vendas de energia atreladas a contratos de médio e longo prazo para gerenciamento de risco, sendo outra parte vendida no mercado de curto prazo.

Os preços de energia têm estado altos no mercado spot, de curto prazo, diante dos baixos níveis dos reservatórios, que levaram a um maior acionamento de usinas termelétricas, mais caras.

O executivo destacou que a receita adicional com a venda de energia excedente irá ajudar a empresa a controlar os custos e fazer com que eles cresçam abaixo da inflação.

"Agora estamos aumentando a geração de energia excedente e isso pega em cheio o mercado spot. Então a gente vê como excelente oportunidade", disse.


Castelli afirmou que a Fibria, além de estar protegida de possíveis impactos de racionamento de energia, também está segura em caso de um racionamento de água, por ter seu suprimento vindo de "grandes mananciais".

Ferrovias

Questionado sobre o pedido da Fibria de participar como parte interessada do processo de análise da possível fusão entre a ALL e a Rumo Logística, da Cosan, Castelli afirmou "ter preocupação" no cumprimento de contratos.

"Não somos contrários a nenhum tipo de mudança societária, desde que traga benefícios de infraestrutura e desengargalamento", afirmou.

"Temos preocupação. Nosso contrato atual com a ALL já tem problema de performance, não consegue atender 100 por cento do volume contratado. Então decidimos pedir para ter participação do processo no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) como terceiro interessado." A Rumo, braço de logística da Cosan, propôs em fevereiro incorporar a ALL para criar uma gigante do setor de transportes no Brasil avaliada em 11 bilhões de reais.

"A manifestação da Fibria é de preservação dos interesses à medida que quer saber se esse movimento trará benefícios ao sistema", completou o executivo.

Perguntado sobre os planos de iniciar uma nova linha de produção na fábrica de Três Lagoas (MS), o presidente da Fibria afirmou que o projeto caminha "no ritmo", e deve ser definitivamente aprovado pelo Conselho de Administração em junho ou julho.

Mais cedo nesta quinta-feira, a Fibria divulgou queda de 20,8 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre ante igual período do ano passado, a 19 milhões de reais, impactada por despesas com recompra de títulos da dívida.

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São Paulo - A produtora de celulose Fibria vê benefícios para seus resultados devido ao atual cenário de preços mais altos de energia, afirmou o presidente da companhia, Marcelo Castelli, em teleconferência com jornalistas nesta quinta-feira.

De acordo com o executivo, a venda no mercado livre da energia excedente de suas fábricas, gerada durante o processo de produção da celulose, também deverá ajudar a empresa a controlar os custos neste ano.

"O momento energético do país, elevando significativamente os preços no mercado livre, nos beneficia. É um adicional de receita", disse Castelli.

No setor de celulose, é comum que as fabricantes aproveitem a energia gerada no processo de produção e inclusive revendam energia excedente. Em março, a Suzano já havia indicado que estava vendendo no mercado livre energia de unidade recém-inaugurada, a preços elevados.

Segundo Castelli, a Fibria tem como estratégia manter parte das vendas de energia atreladas a contratos de médio e longo prazo para gerenciamento de risco, sendo outra parte vendida no mercado de curto prazo.

Os preços de energia têm estado altos no mercado spot, de curto prazo, diante dos baixos níveis dos reservatórios, que levaram a um maior acionamento de usinas termelétricas, mais caras.

O executivo destacou que a receita adicional com a venda de energia excedente irá ajudar a empresa a controlar os custos e fazer com que eles cresçam abaixo da inflação.

"Agora estamos aumentando a geração de energia excedente e isso pega em cheio o mercado spot. Então a gente vê como excelente oportunidade", disse.


Castelli afirmou que a Fibria, além de estar protegida de possíveis impactos de racionamento de energia, também está segura em caso de um racionamento de água, por ter seu suprimento vindo de "grandes mananciais".

Ferrovias

Questionado sobre o pedido da Fibria de participar como parte interessada do processo de análise da possível fusão entre a ALL e a Rumo Logística, da Cosan, Castelli afirmou "ter preocupação" no cumprimento de contratos.

"Não somos contrários a nenhum tipo de mudança societária, desde que traga benefícios de infraestrutura e desengargalamento", afirmou.

"Temos preocupação. Nosso contrato atual com a ALL já tem problema de performance, não consegue atender 100 por cento do volume contratado. Então decidimos pedir para ter participação do processo no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) como terceiro interessado." A Rumo, braço de logística da Cosan, propôs em fevereiro incorporar a ALL para criar uma gigante do setor de transportes no Brasil avaliada em 11 bilhões de reais.

"A manifestação da Fibria é de preservação dos interesses à medida que quer saber se esse movimento trará benefícios ao sistema", completou o executivo.

Perguntado sobre os planos de iniciar uma nova linha de produção na fábrica de Três Lagoas (MS), o presidente da Fibria afirmou que o projeto caminha "no ritmo", e deve ser definitivamente aprovado pelo Conselho de Administração em junho ou julho.

Mais cedo nesta quinta-feira, a Fibria divulgou queda de 20,8 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre ante igual período do ano passado, a 19 milhões de reais, impactada por despesas com recompra de títulos da dívida.

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