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Férias coletivas na Marcopolo durarão 20 dias no fim do ano

O objetivo é acompanhar o calendário das fabricantes de chassis de ônibus. "Se elas param, temos que parar também,", disse uma fonte ligada à direção da empresa


	Funcionários da Marcopolo em Caxias do Sul, no RS: férias longas é um procedimento normal", afirmou o presidente do sindicato dos metalúrgicos da região gaúcha
 (Germano Lüders/EXAME)

Funcionários da Marcopolo em Caxias do Sul, no RS: férias longas é um procedimento normal", afirmou o presidente do sindicato dos metalúrgicos da região gaúcha (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2014 às 11h36.

Porto Alegre - A Marcopolo vai interromper suas atividades e dar férias coletivas aos funcionários por 20 dias, de 22 de dezembro a 12 de janeiro. A informação foi anunciada pelo diretor-presidente da empresa, José Rubens de la Rosa, ao comentar os resultados do terceiro trimestre de 2014 na semana passada. No ano passado, esta paralisação sazonal foi um pouco menor - começou em 20 de dezembro e terminou em 5 de janeiro.

O objetivo, de acordo com a companhia, é acompanhar o calendário das fabricantes de chassis de ônibus. "Se elas param, temos que parar também, não há jeito", confirmou ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado uma fonte ligada à direção da Marcopolo.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul, onde está localizada a maior planta da Marcopolo, já foi notificado da interrupção das operações. "O procedimento é considerado normal e irá ocorrer com outras empresas da região", afirmou o presidente da entidade, Assis Flávio da Silva Melo.

Apesar do enfraquecimento da demanda e da queda das vendas em 2014, a Marcopolo garante que não há perspectiva de demissões, pois acredita em uma retomada no mercado de ônibus ainda no primeiro semestre de 2015.

A projeção positiva se baseia em parte na lei que substitui o sistema de licitação das linhas rodoviárias interestaduais por um mecanismo de autorização, menos burocrático. A nova regra, que só está pendente de regulamentação por parte da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), deve desafogar uma demanda reprimida e permitir a renovação da frota nacional. A Marcopolo deve ser uma das principais beneficiadas. Além disso, a companhia conta com o avanço do programa Caminho da Escola.

O sindicato endossa o discurso e diz que espera um reaquecimento do setor em 2015. "Não somos saudosistas com a crise. Queremos que haja trabalho e por enquanto não vislumbramos ameaças de demissões", disse Melo.

De julho a setembro de 2014, a Marcopolo registrou lucro líquido de R$ 56,7 milhões, queda de 34,8% ante o mesmo período do ano passado.

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