Farmacêuticas globais miram laboratório Aché, dizem fontes
Conforme EXAME antecipou, o BTG Pactual e a família Depieri, que controlam o laboratório, preparam proposta para compra da empresa com ajuda de grupos internacionais
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 18h17.
Empresas farmacêuticas internacionais estão considerando fazer uma proposta pela Aché , uma das maiores fabricantes de medicamentos do Brasil, em um negócio estimado em vários bilhões de dólares, disseram fontes envolvidas no processo.
A Aché, de capital fechado, poderia atrair uma série de laboratórios que procuram aumentar sua presença na América Latina --uma região no radar dos grandes grupos farmacêuticos que buscam novos mercados para compensar vendas tépidas em países desenvolvidos.
Fontes disseram que o braço brasileiro do banco de investimentos Lazard foi contratado por acionistas para avaliar a venda da Aché --e muitos grupos da Europa e dos Estados Unidos demonstraram interesse.
Não está claro se a venda será concluída, diante de divisões de opinião entre as três famílias que controlam a Aché, com duas mais dispostas a vender do que a terceira.
O futuro da Aché foi colocado mais em dúvida pela renúncia na quarta-feira de seu presidente José Ricardo Mendes da Silva. A assessoria de imprensa do laboratório disse que o executivo está saindo por razões pessoais e um comitê gestor vai gerir a empresa.
A assessoria da Aché recusou comentar se o grupo será vendido. Representantes da Lazard em Londres disseram que não poderiam comentar sobre o papel do banco no processo.
O Brasil foi palco de uma série de fusões e aquisições no setor farmacêutico nos últimos anos, incluindo a compra da fabricante de medicamentos genéricos Medley pela francesa Sanofi por 500 milhões de euros (670 milhões dólares) em 2009.
A Sanofi pagou 3,3 vezes as vendas históricas da Medley. Um múltiplo semelhante para a Aché, que tem vendas de cerca de 750 milhões de dólares por ano, atribuiria um valor de 2,5 bilhões de dólares à companhia.
Na prática, os proprietários da Aché estariam esperando um montante muito maior, refletindo a dependência muito menor do laboratório nos medicamentos genéricos, onde as margens são inferiores.
Não está claro quais empresas estão avaliando a Aché, mas o Brasil é um foco importante para muitos dos principais grupos farmacêuticos globais, como Pfizer, GlaxoSmithKline e Novartis.
Embora ocupe a quarta posição em termos de vendas totais de remédios no Brasil, a Aché é líder no mercado de medicamentos com prescrição e tem um histórico de produtos de marca própria.
Em 2005, desenvolveu o anti-inflamatório Acheflan a partir de uma planta nativa --o primeiro medicamento a ser pesquisado e desenvolvido inteiramente no Brasil.
A exposição da Aché aos genéricos é relativamente limitada. A agência de classificação de risco Fitch Ratings prevê que o portfólio de genéricos da Aché não represente mais do que 10 a 15 por cento das receitas futuras.
A Fitch disse em relatório no mês passado que a posição comercial da Aché está se fortalecendo e que suas margens de lucro são fortes e estáveis.
A receita da Aché nos 12 meses até 30 de setembro de 2012 foi de 1,5 bilhão de reais e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de 540 milhões de reais, segundo a Fitch.
A Aché tem 3,3 mil empregados, incluindo mais de 1,6 mil representantes de vendas, e também tem se expandido no exterior, com contratos para exportar 40 medicamentos para 12 países.
Empresas farmacêuticas internacionais estão considerando fazer uma proposta pela Aché , uma das maiores fabricantes de medicamentos do Brasil, em um negócio estimado em vários bilhões de dólares, disseram fontes envolvidas no processo.
A Aché, de capital fechado, poderia atrair uma série de laboratórios que procuram aumentar sua presença na América Latina --uma região no radar dos grandes grupos farmacêuticos que buscam novos mercados para compensar vendas tépidas em países desenvolvidos.
Fontes disseram que o braço brasileiro do banco de investimentos Lazard foi contratado por acionistas para avaliar a venda da Aché --e muitos grupos da Europa e dos Estados Unidos demonstraram interesse.
Não está claro se a venda será concluída, diante de divisões de opinião entre as três famílias que controlam a Aché, com duas mais dispostas a vender do que a terceira.
O futuro da Aché foi colocado mais em dúvida pela renúncia na quarta-feira de seu presidente José Ricardo Mendes da Silva. A assessoria de imprensa do laboratório disse que o executivo está saindo por razões pessoais e um comitê gestor vai gerir a empresa.
A assessoria da Aché recusou comentar se o grupo será vendido. Representantes da Lazard em Londres disseram que não poderiam comentar sobre o papel do banco no processo.
O Brasil foi palco de uma série de fusões e aquisições no setor farmacêutico nos últimos anos, incluindo a compra da fabricante de medicamentos genéricos Medley pela francesa Sanofi por 500 milhões de euros (670 milhões dólares) em 2009.
A Sanofi pagou 3,3 vezes as vendas históricas da Medley. Um múltiplo semelhante para a Aché, que tem vendas de cerca de 750 milhões de dólares por ano, atribuiria um valor de 2,5 bilhões de dólares à companhia.
Na prática, os proprietários da Aché estariam esperando um montante muito maior, refletindo a dependência muito menor do laboratório nos medicamentos genéricos, onde as margens são inferiores.
Não está claro quais empresas estão avaliando a Aché, mas o Brasil é um foco importante para muitos dos principais grupos farmacêuticos globais, como Pfizer, GlaxoSmithKline e Novartis.
Embora ocupe a quarta posição em termos de vendas totais de remédios no Brasil, a Aché é líder no mercado de medicamentos com prescrição e tem um histórico de produtos de marca própria.
Em 2005, desenvolveu o anti-inflamatório Acheflan a partir de uma planta nativa --o primeiro medicamento a ser pesquisado e desenvolvido inteiramente no Brasil.
A exposição da Aché aos genéricos é relativamente limitada. A agência de classificação de risco Fitch Ratings prevê que o portfólio de genéricos da Aché não represente mais do que 10 a 15 por cento das receitas futuras.
A Fitch disse em relatório no mês passado que a posição comercial da Aché está se fortalecendo e que suas margens de lucro são fortes e estáveis.
A receita da Aché nos 12 meses até 30 de setembro de 2012 foi de 1,5 bilhão de reais e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de 540 milhões de reais, segundo a Fitch.
A Aché tem 3,3 mil empregados, incluindo mais de 1,6 mil representantes de vendas, e também tem se expandido no exterior, com contratos para exportar 40 medicamentos para 12 países.