Fábrica dos chocolates Pan vai a leilão, mas quase nenhum objeto recebe lances
Juntos, os bens somam R$ 114,9 milhões, mas agora podem ser arrematados a preços 50% inferiores ao da avaliação
Agência de notícias
Publicado em 2 de setembro de 2023 às 19h59.
Última atualização em 2 de setembro de 2023 às 19h59.
Levados à leilão nessa semana, a maioria dos bens da massa falida dos chocolates Pan - aquele do cigarrinhos, moedas e dos chocolápis - não recebeu lances. Juntos, os bens somam R$ 114,9 milhões, mas agora podem ser arrematados a preços 50% inferiores ao da avaliação.
Sete lotes foram colocados à venda, dos quais apenas um teve lance até o momento, o de nº3, que conta com um caminhão e um carro modelo Gol. Os outros envolvem desde o imóvel da empresa e maquinário industrial até muito material de escritório e dez toneladas de sucata metálica. Os lances seguem abertos até o dia 15 de setembro.
- PIB dos países integrantes da OCDE sobe 0,4% no 2º trimestre ante o anterior
- EUA restringe venda de chips de IA da Nvidia para alguns países do Oriente Médio
- Varejistas chineses apostam em descontos para atrair clientes no país, diante da incerteza econômica
- Saiba qual é a previsão do tempo para o feriado de 7 de setembro em SP
- EUA cria 187 mil vagas de trabalho em agosto e supera previsão; taxa de desemprego sobe a 3,8%
- EUA: índice de preços de gastos e núcleo sobem 0,2% em julho
Alguns dos itens chamam atenção. A sucata, por exemplo, pode ser arrematada por R$ 10 mil. No lote do material de escritório, estão coelhos de pelúcia (dois, cada um por R$ 15), dois conjuntos de revistas Playboy (um com cinco edições e outro com seis, ambos por R$ 50 cada), uma estátua de Nossa Senhora Aparecida (R$ 50), celulares danificados (11, cada um por R$ 70) um carrinho de supermercado (R$ 30), três cilindros de oxigênio (R$ 30 cada um), oito garrafas térmicas (R$ 10), duas panelas grandes (também R$ 10 cada), dois quadros de anotações (cada um custando R$ 20), seis cofres (dois por R$ 250 e quatro por R$ 210), três carteiras escolares (R$ 40) e uma cadeira de rodas (R$ 90).
Também há itens que se poderia esperar, como mesas (com valor unitário de R$ 150), celulares usados (R$ 450 cada) e lacrados (R$ 750) e notebooks (cinco por R$ 2.100, um por R$ 1.500). Há itens eletrodomésticos e eletroeletrônicos como geladeira (uma por R$ 350 e outra por R$ 150), ar condicionado (quatro por R$ 1.000 e um não utilizado por R$ 1.800), frigobar (R$ 150), TVs (duas por R$ 650 e uma por R$ 300), aparelho de som (dois por R$ 350 e outro por R$ 230), micro-ondas (R$ 150), projetor digital (R$ 2.100), microfone (R$ 230), telefone fixo (três, por R$ 150) triturador de papel (R$ 280), ventilador (um por R$ 150 e outro por R$ 50), cafeteira (R$ 250) e até uma máquina de escrever (R$ 50).
Três cadeiras identificadas apenas como "azuis" foram avaliadas em R$ 70 cada uma, enquanto bancos de madeira foram avaliados em R$ 30 - dos 17 bancos, sete também foram diferenciados como "azuis". As 20 cadeiras giratórias colocadas à venda tem o valor de R$ 80, e as 205 cadeiras de plástico serão vendidas por R$ 15. Também há oito cadeiras infantis coloridas, negociadas por R$ 10, e cadeiras distinguidas como "antigas" por R$ 50.
Pedido de falência
A Pan Produtos Alimentícios pediu falência em 13 de fevereiro deste ano. A empresa estava em recuperação judicial desde março de 2021, mas o processo não foi bem-sucedido. Na época, a empresa tinha dívidas na casa de R$ 260 milhões e contava com 52 funcionários. A Pan era famosa por produtos de chocolate em formatos como cigarros, moedas, lápis e peixes, além de ter produzido o primeiro chocolate diet ao leite no Brasil.