(Agency/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 30 de novembro de 2022 às 14h13.
Em 2015, 195 países se reuniram em uma missão comum: frear o aquecimento global e compensar as emissões de gases estufa até 2050. Conhecido por Acordo de Paris, esse compromisso mundial estabeleceu as metas net zero e trouxe à tona a urgência do tema para instâncias governamentais e para as maiores empresas do mundo.
O que parecia ser pauta apenas de ativistas, passou a tomar espaço na mente - e no bolso - de governantes e CEOs. Natura, Ambev, Totvs e Nubank são apenas algumas das instituições que mudaram drasticamente sua estrutura para se tornarem responsáveis ambientalmente. O motivo? Elas não têm mais outra opção. Hoje, para se tornar competitiva, uma empresa deve, obrigatoriamente, se comprometer com as metas de sustentabilidade e responsabilidade social - conhecidas como ESG.
É por isso que, mais do que nunca, pequenas, médias e grandes companhias têm investido energia, tempo e dinheiro para responder uma simples pergunta: como implementar uma estratégia de baixo carbono em uma empresa? (e, é claro, quem deve ser responsável por isso?).
Na prática, a expressão “net zero carbon emissions” (zero emissões líquidas de carbono, em tradução do inglês) se refere ao compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.
Os principais deles, CO2, CH4, N2O, CFCs e O3 são gases liberados e concentrados na atmosfera por processos como: queima de combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo, gás natural), mineração, queima de biomassa, uso de fertilizantes químicos e desmatamento, por exemplo.
Seja através do transporte dos produtos, ou seja através da energia para o funcionamento das máquinas, milhões de empresas no mundo inteiro emitem gases de efeito estufa para a atmosfera todos os dias.
Nesse cenário, o net zero representa uma oportunidade de “acertar as contas” com o planeta e desacelerar o aquecimento global, igualando a quantidade de gases emitidos e absorvidos. Ou seja: não emitir mais gases do que se absorve.
No entanto, você pode estar se perguntando: será que alguém realmente se importa com isso?
O que antes era assunto exclusivo de ativistas e engajados na causa, se tornou regra nos últimos anos. Clientes, investidores e, até mesmo, funcionários, têm priorizado empresas responsáveis ambientalmente na hora de investir o seu tempo e dinheiro.
Em estudo recente da Opinion box, 67% dos consumidores entrevistados disseram que possuem o hábito de pesquisar as práticas de responsabilidade social e ambiental das empresas antes de realizar compras. Entre os respondentes, questões de sustentabilidade estão entre as principais buscas feitas antes de fechar negócio.
E o mesmo acontece no mercado financeiro. Na 3ª Pesquisa de Sustentabilidade da Anbima, 86% dos entrevistados reconheceram a importância da temática ESG no mercado dos investimentos, e 90% afirmaram que a agenda deve ganhar ainda mais relevância nos próximos anos.
Segundo a mesma pesquisa, em 2018 somente 34% das gestoras tinham alguma estrutura para se dedicar à sustentabilidade. Na última edição, 71% afirmaram ter funcionários diretamente envolvidos com o tema.
Falta de água, enchentes, secas, incêndios florestais e aumento do nível do mar são alguns exemplos de desastres ambientais decorrentes das mudanças climáticas que vêm afetando diretamente as empresas, o bem estar das pessoas no planeta Terra e, consequentemente, o lucro dos negócios.
O aquecimento global, por exemplo, se acelerou nos últimos anos a ponto de a temperatura média global estar 1,1°C mais alta em relação ao período pré-industrial. Segundo análises, se o ritmo de emissões se mantiver, o aumento da temperatura global chegará a 2,4 ºC em 2050 e 4,4 ºC até 2100.
Nesse cenário, não é de se estranhar que empresas e órgãos governamentais tenham iniciado uma verdadeira corrida em busca de profissionais que saibam implementar as estratégias de sustentabilidade e realizar uma transição de baixo carbono dentro das companhias.
Com poucos profissionais qualificados, se especializar na área de sustentabilidade e entender como implementar estratégias net zero dentro de grandes empresas tem gerado retornos expressivos e boas oportunidades no mercado de trabalho. O profissional que escolhe seguir pelo caminho da sustentabilidade, seja como Gestor ESG ou Especialista em Sustentabilidade, encontra vagas em sites de recrutamento com salários na casa dos R$15 até R$30 mil reais.
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Dentro das áreas possíveis para se seguir na carreira de sustentabilidade, net zero tem se mostrado a mais urgente para as empresas. Segundo o relatório “O Emprego em um futuro de zero emissões líquidas na América Latina e Caribe”, a transição para uma economia net zero provocaria a criação de 22,5 milhões de novas oportunidades de trabalho em setores como agricultura e produção de alimentos à base de plantas, eletricidade renovável, silvicultura, construção e manufatura.
Pensando na alta demanda do mercado e na oportunidade que isso representa para os profissionais interessados em sustentabilidade e meio ambiente, a EXAME promoverá uma Masterclass gratuita, intitulada “Net Zero: Adapte o seu negócio para sobreviver à era de baixo carbono”.
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