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Excedente traz economia de US$18 bi, diz Petrobras

Segundo a estatal, acordo para explorar excedente do pré-sal trará uma economia de custos com descoberta entre 2015 e 2021

Operador da Petrobras testa amostra de petróleo extraído da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro (Rich Press/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2014 às 19h11.

Rio de Janeiro - A Petrobras estima uma economia de custos com descoberta de 18 bilhões de dólares entre 2015 e 2021 pela contratação direta para poder explorar o óleo excedente de quatro áreas da cessão onerosa, informou a empresa nesta sexta-feira.

A estatal prevê que seriam necessários investimentos de cerca de 26 bilhões de dólares para adquirir áreas, descobrir e delimitar potencial do óleo excedente, segundo apresentação encaminhada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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A apresentação foi utilizada nesta tarde pela presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, em reunião com analistas na sede da estatal no Rio.

Na terça-feira, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) escolheu a Petrobras para extrair, sem licitação e agora pelo regime de partilha, um volume excedente estimado entre 10 bilhões e 15 bilhões de barris de petróleo na cessão onerosa.

Para ter o direito a explorar o óleo excedente das áreas do pré-sal de Búzios, Entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi, a estatal terá que desembolsar neste ano um bônus de assinatura de 2 bilhões de reais, além de fazer um pagamento antecipado estimado pelo governo em 13 bilhões de reais entre 2015 e 2018.

Investidores receberam mal o negócio e as ações preferenciais da Petrobras acumularam queda de 6 por cento desde a decisão do CNPE.

Para a companhia, o óleo excedente da cessão onerosa "assegura reposição de reservas e sustentabilidade da produção de 2020-2030, com maior rentabilidade".

A Petrobras elevará investimentos a partir de 2019 para garantir o início da produção de óleo excedente da cessão onerosa em 2021, e não está contemplada emissão de novas ações após novo acordo no pré-sal com a União.

Estão previstos investimentos adicionais relacionados ao óleo excedente da cessão onerosa de 1,2 bilhão de dólares de 2014 a 2018; 9,7 bilhões de dólares em 2019 e 2020; e 39,8 bilhões de dólares de 2021 a 2030, segundo a empresa.

Outro sinal dado por Graça Foster, como a presidente prefere ser chamada, é que a adição de reservas ao portfólio da Petrobras pode levar a companhia a reduzir seu apetite por novas áreas em futuros leilões de blocos de exploração e produção de petróleo.

Em relatório enviado a clientes, o Itaú BBA afirmou que, de acordo com a estatal, a decisão do governo de exercer a antecipação de parte do pagamento de excedente em óleo, entre 2015 e 2018, deverá ser tomada nos próximos três ou quatro meses, mas que a empresa acredita que de qualquer forma o resultado financeiro do acordo será positivo.

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